Você sabia que produtos como M&M’s e Doritos poderão ser rotulados como “não recomendados para consumo humano”? O alerta vem do Dr. Juan Lambert, médico com foco em emagrecimento, performance e saúde intestinal, que chama atenção para os riscos dos aditivos presentes nesses alimentos ultraprocessados.
Em vídeo recente, o médico detalha os ingredientes de produtos famosos consumidos por crianças e adultos, apontando os perigos silenciosos por trás de sabores e cores artificiais. A crítica central? O excesso de aditivos alimentares e seu impacto no cérebro, no intestino e na imunidade.
Por que Doritos e M&M estão no centro da polêmica?
Segundo Dr. Juan, tanto o Doritos quanto o M&M carregam mais de 20 aditivos em sua composição. Esses aditivos incluem conservantes, corantes e emulsificantes amplamente utilizados na indústria alimentícia, mas com potenciais riscos já descritos em estudos científicos.
No caso do Doritos, ele cita ingredientes como tartazina (E102) e corante caramelo IV, associados a reações alérgicas e possíveis processos inflamatórios. Já no M&M, a lista de corantes artificiais inclui amarelo crepúsculo, vermelho 40, azul brilhante e outros pigmentos que, além de chamar atenção visualmente, têm efeito negativo comprovado sobre o comportamento infantil.
Quais são os perigos desses aditivos alimentares?
De acordo com estudos reunidos pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo contínuo de aditivos artificiais pode estar relacionado ao desenvolvimento de:
- Doença inflamatória intestinal
- Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)
- Crises de asma e alergias respiratórias
- Desregulação do sistema imune em crianças
Em alguns países da Europa, como Noruega e Suécia, o uso de certos corantes artificiais já é proibido — principalmente em alimentos destinados ao público infantil.
Fontes:
- OMS: https://www.who.int
- INCA: https://www.inca.gov.br
- ANVISA – Resolução RDC Nº 18/2022 sobre aditivos alimentares: https://www.in.gov.br
O que esses alimentos causam nas crianças?
O Dr. Juan explica que após o consumo desses produtos, muitas crianças apresentam excitação, irritabilidade, hiperatividade, dificuldade de concentração e alterações de humor. A explicação está na resposta cerebral aos aditivos: o excesso de estímulo, principalmente em cérebros em desenvolvimento, pode desregular neurotransmissores como dopamina e noradrenalina.

Além disso, se a criança já possui predisposição a alergias ou TDAH, o consumo desses produtos pode potencializar os sintomas, dificultando ainda mais o controle e o tratamento clínico.
O Brasil deveria proibir esses produtos?
A pergunta deixada pelo médico é direta: por que alimentos com substâncias proibidas em outras partes do mundo seguem sendo vendidos livremente no Brasil, inclusive para crianças?
O país tem avançado nas discussões sobre rotulagem de ultraprocessados. Desde 2022, a ANVISA exige alertas frontais em embalagens com excesso de açúcar, sódio e gorduras. No entanto, o debate sobre aditivos químicos ainda é tímido em comparação a outras nações.
Especialistas em saúde pública defendem que a legislação seja revista para incluir advertências sobre substâncias como corantes artificiais, especialmente nos produtos voltados ao público infantil.
Quais são as alternativas mais saudáveis?
Evitar alimentos ultraprocessados é a principal recomendação. A dieta da comida de verdade, baseada em alimentos minimamente processados, é a base defendida por órgãos como o Ministério da Saúde e o Guia Alimentar para a População Brasileira.
Entre as sugestões:
- Trocar salgadinhos por oleaginosas (castanhas, amêndoas)
- Preferir chocolates com cacau acima de 70%
- Escolher frutas frescas ou desidratadas sem açúcar
- Evitar produtos com listas longas de ingredientes e aditivos impronunciáveis
Você sabia que o sabor “artificial” pode custar caro à saúde?
O sabor viciante, as cores chamativas e a crocância dos snacks populares escondem uma verdade preocupante: a exposição diária a aditivos pode comprometer o desenvolvimento infantil e a saúde metabólica de toda a família.
Por isso, antes de colocar no carrinho alimentos ultraprocessados com dezenas de aditivos, vale se perguntar: vale mesmo a pena?