A aposentadoria por tempo de contribuição era uma modalidade de benefício previdenciário que permitia ao trabalhador se aposentar após completar um determinado período de contribuições ao INSS, independentemente da idade. Antes da Reforma da Previdência de 2019, homens podiam se aposentar com 35 anos de contribuição e mulheres com 30 anos. Essa modalidade era uma opção para aqueles que começaram a trabalhar cedo e contribuíram por muitos anos.
Com a Reforma da Previdência de 2019, ocorreram mudanças significativas nas regras para aposentadoria, afetando diretamente a modalidade por tempo de contribuição.
O que mudou com a Reforma da Previdência?

A Reforma da Previdência de 2019 trouxe a extinção da aposentadoria por tempo de contribuição para novos segurados. Agora, a aposentadoria exige uma idade mínima, além do tempo de contribuição. Para homens, a idade mínima é de 65 anos, enquanto para mulheres é de 62 anos. O cálculo do benefício também foi alterado, passando a considerar a média de todos os salários de contribuição, e não apenas os 80% maiores, como era anteriormente.
As novas regras de transição foram criadas para suavizar o impacto da reforma para aqueles que já estavam próximos de se aposentar. Existem diferentes regras de transição, cada uma com critérios específicos, como o sistema de pontos, pedágio e idade mínima progressiva.
Quem ainda pode se aposentar por tempo de contribuição com regras antigas?
Aqueles que já haviam cumprido os requisitos para aposentadoria por tempo de contribuição antes da promulgação da reforma em 2019 ainda podem se aposentar pelas regras antigas. Isso significa que homens com 35 anos de contribuição e mulheres com 30 anos, que já haviam atingido esses marcos, podem solicitar a aposentadoria sem precisar seguir as novas regras.
Além disso, segurados que estavam próximos de cumprir os requisitos antigos podem se beneficiar das regras de transição, que foram criadas para facilitar a adaptação ao novo sistema.
Como funcionam as regras de transição?
As regras de transição foram estabelecidas para ajudar os segurados que estavam próximos de se aposentar a se adaptarem às novas exigências. Existem várias modalidades de transição, cada uma com critérios específicos:
- Sistema de pontos: Combina idade e tempo de contribuição. Em 2025, homens precisam atingir 100 pontos e mulheres 90 pontos.
- Pedágio de 50%: Para quem estava a dois anos de se aposentar pelas regras antigas, é necessário cumprir um pedágio de 50% sobre o tempo que faltava.
- Idade mínima progressiva: A idade mínima aumenta gradualmente até atingir os 65 anos para homens e 62 anos para mulheres.
Dicas para planejamento da aposentadoria no cenário atual
Planejar a aposentadoria é essencial para garantir segurança financeira no futuro. É importante que os segurados conheçam as novas regras e avaliem qual modalidade de transição é mais vantajosa para o seu caso. Consultar um especialista em previdência pode ajudar a esclarecer dúvidas e a traçar um plano adequado.
Além disso, manter-se atualizado sobre as mudanças nas regras previdenciárias é crucial para evitar surpresas desagradáveis. O planejamento financeiro deve considerar não apenas o tempo de contribuição, mas também a expectativa de vida e os gastos futuros.
Em resumo, entender as novas regras de aposentadoria é fundamental para garantir que o segurado não seja pego de surpresa no momento de se aposentar. A Reforma da Previdência trouxe mudanças significativas, mas com planejamento e informação, é possível se adaptar e garantir um futuro tranquilo.