O uso de dispositivos eletrônicos por crianças tem se tornado um tema amplamente discutido, especialmente devido aos potenciais impactos negativos no desenvolvimento infantil. Em diversos ambientes, como residências, escolas e locais públicos, é comum observar crianças entretidas com celulares e tablets. Segundo o estudo TIC Kids Online Brasil 2024, uma grande parcela de crianças e adolescentes possui perfis em plataformas digitais, muitas vezes antes da idade permitida.
Especialistas alertam que o uso excessivo de telas pode afastar as crianças de experiências essenciais para o desenvolvimento cerebral. Durante a primeira infância, período em que o cérebro se desenvolve rapidamente, é crucial que as crianças vivenciem interações reais, como o contato com a natureza e o brincar. Essas atividades são fundamentais para a formação de habilidades cognitivas e sociais.
Quais são os riscos do uso excessivo de telas?
O uso excessivo de telas pode levar a um comportamento passivo e, em alguns casos, ao vício. Mesmo conteúdos aparentemente inofensivos podem desviar a atenção das crianças de experiências enriquecedoras no mundo real. Além disso, o tempo gasto em frente às telas pode impactar negativamente o desenvolvimento emocional e social das crianças, uma vez que limita a interação com o ambiente e com outras pessoas.
Para crianças mais velhas e adolescentes, o risco se intensifica com a exposição a conteúdos inadequados e a influência de algoritmos que priorizam informações potencialmente prejudiciais. Sem a supervisão adequada, as crianças podem ser expostas a conteúdos que moldam negativamente seus valores e crenças.

Como os pais podem controlar o uso de telas?
Os pais desempenham um papel crucial na mediação do uso de telas. É essencial estabelecer limites claros e supervisionar o conteúdo acessado pelas crianças. Aplicativos de controle parental, como o Qustodio, podem ajudar a monitorar o tempo de uso e os tipos de conteúdo acessados. Além disso, é importante que os pais incentivem atividades fora das telas, promovendo um equilíbrio saudável entre o mundo digital e o real.
Outro aspecto importante é a educação sobre o uso responsável da tecnologia. As crianças devem ser ensinadas a reconhecer conteúdos publicitários, identificar fake news e desenvolver um pensamento crítico em relação ao que consomem online.
Quais atividades podem substituir o tempo de tela?
Incentivar atividades ao ar livre e momentos de interação social é fundamental para contrabalançar o uso de telas. Esportes, brincadeiras em parques e atividades culturais são algumas das opções que podem enriquecer o desenvolvimento infantil. Além disso, o tédio pode ser um aliado, estimulando a criatividade e a capacidade de resolver problemas, uma vez que as crianças são desafiadas a criar suas próprias formas de entretenimento.
Em suma, enquanto a tecnologia oferece inúmeras vantagens, é essencial que seu uso seja equilibrado e supervisionado, garantindo que as crianças possam desenvolver plenamente suas habilidades em um ambiente saudável e enriquecedor.