A recomendação de caminhar 10.000 passos por dia tornou-se sinônimo de um estilo de vida saudável, mas a cientista biomédica Rhonda Patrick questiona sua real eficácia. Segundo ela, esse número não representa necessariamente a melhor forma de promover saúde ou longevidade. Em vez disso, ela defende que exercícios mais intensos podem gerar benefícios mais expressivos em menos tempo.
Patrick, especialista em envelhecimento saudável, sugere que apenas 10 minutos de atividade física vigorosa podem superar os efeitos de uma longa caminhada, especialmente no que diz respeito à saúde metabólica e cardiovascular.
A intensidade do exercício faz toda a diferença
Para Rhonda Patrick, caminhar não é suficiente quando o objetivo é melhorar a resistência física ou controlar o metabolismo. Ela afirma que o foco deveria estar na intensidade dos movimentos, não apenas no volume de passos. Pesquisas mostram que atividades como corrida, musculação e exercícios de alta intensidade promovem melhorias mais significativas na saúde cardiorrespiratória.
Exercícios vigorosos também têm se mostrado mais eficientes na regulação da glicose no sangue, fator crucial na prevenção de doenças metabólicas como o diabetes tipo 2.
O papel do VO₂ máximo na saúde e na longevidade
Um dos pontos centrais defendidos por Patrick é a importância do VO₂ máximo, que mede a capacidade do corpo de utilizar oxigênio durante o esforço físico. Esse índice está diretamente ligado à saúde cardiovascular e ao tempo de vida. A cientista destaca que manter altos níveis de VO₂ máximo é essencial para uma vida longa e ativa.

Ela lembra que, mesmo em pessoas jovens, a aptidão física pode diminuir drasticamente após curtos períodos de inatividade, o que reforça a necessidade de exercícios regulares e intensos.
Magnésio também entra na equação da longevidade
Além da atividade física, Patrick chama atenção para o papel essencial do magnésio. Esse mineral participa de mais de 300 reações no organismo, incluindo a reparação do DNA e o controle da inflamação. Sua deficiência está associada a maiores riscos de câncer, doenças cardíacas e mortalidade precoce.
Por isso, ela recomenda atenção especial à ingestão de magnésio, seja por meio da alimentação ou de suplementos, como parte de uma estratégia mais ampla para manter a saúde celular e prevenir doenças.
Caminhada ou exercício intenso: o que escolher?
Segundo Rhonda Patrick, caminhar ainda é melhor do que levar uma vida sedentária. No entanto, para quem busca ganhos reais na saúde e na longevidade, o ideal seria incluir exercícios mais intensos na rotina. Eles oferecem maior eficiência metabólica, melhoram a função cardiovascular e ajudam a preservar a capacidade física com o passar dos anos.
Cada pessoa deve considerar seus objetivos e limitações, mas a mensagem é clara: intensidade importa — e pode ser o diferencial entre apenas se mover e realmente viver mais e melhor.