O salário mínimo em 2025 foi reajustado para R$ 1.518,00, representando um aumento de 7,5% em relação a 2024. A mudança impacta diretamente milhões de trabalhadores e aposentados no país, além de refletir na base de cálculo de diversos benefícios sociais.
Criado em 1940 durante o governo de Getúlio Vargas, o salário mínimo evoluiu como um termômetro da economia e um instrumento de justiça social. Hoje, é usado como referência para aposentadorias, pensões, seguro-desemprego e programas de transferência de renda.
Como é feito o cálculo do salário mínimo?
O valor do salário mínimo é calculado com base em dois fatores principais: a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.
A fórmula vigente prevê um aumento real de até 2,5% acima da inflação, garantindo um mínimo de valorização ao poder de compra dos trabalhadores. Esse modelo busca conciliar justiça social com responsabilidade fiscal, evitando desequilíbrios econômicos.
Salário mínimo varia por região e categoria
Embora exista um valor nacional obrigatório, alguns estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná adotam um salário mínimo regional, geralmente mais alto, para compensar o custo de vida elevado.

Além disso, há o chamado salário mínimo normativo, fixado em acordos entre sindicatos e empregadores. Ele é comum em categorias específicas, como vigilantes, comerciários e trabalhadores da indústria, e pode ultrapassar o valor nacional.
Quem pode ganhar menos que o mínimo?
Apesar de ser garantido pela Constituição, existem situações legais em que o trabalhador pode receber menos que o salário mínimo. Isso ocorre no caso de jornadas parciais ou contratos intermitentes, onde o valor é proporcional às horas trabalhadas.
Outro ponto importante é o salário líquido, que pode ser menor que o valor bruto após descontos como INSS, vale-transporte, pensão alimentícia ou empréstimos consignados.
Reajuste estimula consumo, mas exige cautela
A cada reajuste, o salário mínimo provoca efeitos em cadeia na economia. Por um lado, ele aumenta o poder de compra da população, estimula o consumo e movimenta o comércio. Por outro, pode pressionar a inflação e os custos para pequenos empregadores.
Economistas alertam que, se não houver ganho de produtividade, o aumento real do mínimo pode gerar desequilíbrios. Por isso, o governo federal busca um reajuste responsável e sustentável, que proteja os trabalhadores sem comprometer a economia.