The Last of Us, da HBO, já estabeleceu novos padrões para adaptações de jogos na televisão, mas o que os fãs realmente querem ver ainda está apenas começando. A segunda temporada, que estreou em 13 de abril de 2025, marca uma evolução fundamental na forma como plataformas de streaming abordam propriedades intelectuais de games. Com sete episódios adaptando apenas a primeira metade de The Last of Us Part II, a série demonstra como o mercado de entretenimento está redefinindo completamente a relação entre jogos eletrônicos e produção televisiva.
O mercado de adaptações de jogos para TV e cinema está vivendo seu momento mais promissor, com 2025 sendo um ano decisivo para o setor. Sony está expandindo agressivamente seu portfólio no entretenimento, transformando Horizon Zero Dawn, God of War e Gran Turismo em séries televisivas. Essa estratégia faz parte de um movimento maior onde grandes estúdios reconhecem o valor narrativo dos games na cultura moderna, criando experiências inovadoras que conectam fãs dos jogos a novas audiências televisivas.
Criatura do jogo desafia até os fãs mais corajosos
No game, o Rei dos Ratos é enfrentado por Abby, em um dos momentos mais angustiantes de toda a franquia. O combate é claustrofóbico, violento e exige uma precisão quase cirúrgica para sobreviver. Por isso, a possibilidade da HBO trazer esse ser para as telas gera expectativa e apreensão. Afinal, como adaptar tamanha brutalidade e manter a essência sem perder os espectadores mais sensíveis?
Série pode suavizar ou intensificar o monstro
Há duas correntes entre os fãs. Uma acredita que a série pode suavizar o confronto, criando vulnerabilidades para tornar a narrativa mais acessível. A outra defende que a dificuldade original precisa ser mantida, para preservar o impacto emocional e visual que essa criatura representa. Seja qual for o caminho, o “Rei dos Ratos” pode ser um divisor de águas na adaptação.
Elementos icônicos dos jogos estão ganhando espaço
Além das criaturas, a série tem incorporado itens cruciais do universo dos jogos. A chegada dos esporos é uma das adições mais comentadas recentemente. Eles não apareciam na primeira temporada, mas sua introdução agora traz novos perigos e, claro, o uso obrigatório das máscaras com filtro, tão características nos jogos. Isso aumenta o realismo e coloca os personagens ainda mais à prova.

Qual é o futuro das adaptações no mercado de streaming?
A Sony já anunciou que The Last of Us vai além da segunda temporada, confirmando uma vida longa para a franquia nos próximos anos. Essa abordagem de desenvolvimento sustentado reflete uma mudança estratégica onde estúdios veem adaptações não como projetos únicos, mas como universos expandidos que podem sustentar múltiplas temporadas e spin-offs.
Harry Potter ganhará uma série live-action na HBO em 2026, adaptando cada livro em uma temporada completa, demonstrando como propriedades estabelecidas estão sendo reimaginadas para o formato seriado. Essa tendência sugere que o futuro do entretenimento televisivo será dominado por adaptações que expandem narrativas existentes ao invés de criar propriedades intelectuais completamente novas, oferecendo tanto familiaridade quanto novidade para audiências globais cada vez mais exigentes.
O que diferencia adaptações bem-sucedidas das fracassadas?
Arcane demonstrou como uma adaptação pode transcender seu material original, conquistando tanto fãs de League of Legends quanto espectadores que nunca jogaram o game. A série funcionou porque focou em desenvolvimento de personagens, temas universais como conflito de classes, e produziu uma qualidade visual cinematográfica que rivalizava com grandes produções de estúdio.
Em contraste, adaptações que falham geralmente priorizam referências superficiais aos jogos em detrimento de narrativas coesas. The Last of Us evita essa armadilha ao tratar o material original como fundação para uma experiência televisiva autônoma, usando elementos icônicos como esporos e máscaras com filtro para aumentar realismo sem depender de nostalgia superficial para engajar audiências.