Minas Gerais enfrenta uma emergência em saúde pública devido ao avanço preocupante da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e de outras doenças infecciosas. Vírus como o sincicial respiratório e o influenza A são os principais responsáveis pela escalada de casos, especialmente entre crianças pequenas.
Com hospitais sobrecarregados e uma corrida por leitos de UTI e enfermarias, o governo estadual foi forçado a adotar medidas drásticas para conter a crise e garantir atendimento à população.
Estado libera ações emergenciais sem burocracia
O governo de Minas Gerais decretou oficialmente a situação de emergência e passou a operar em regime de urgência, com a ativação do Centro de Operações de Emergências em Saúde por SRAG (COE-Minas-SRAG). A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) coordena os esforços.
Entre as ações emergenciais estão:
- Dispensa de licitação para aquisição de insumos e serviços;
- Requisição de bens e serviços de empresas e pessoas físicas;
- Tramitação acelerada de processos administrativos.
Essas medidas visam garantir resposta rápida e eficaz, evitando o colapso do sistema de saúde diante da crescente demanda.

Hospitais operam no limite com casos pediátricos
O aumento dos atendimentos tem sido mais intenso entre crianças de até quatro anos. Só em Belo Horizonte, os casos de SRAG subiram 49% em abril em comparação a março, provocando saturação nas unidades de saúde pediátricas.
Para conter o impacto, a prefeitura abriu novos leitos de enfermaria infantil, mas o ritmo de infecção preocupa. Médicos alertam para a necessidade de cuidados redobrados com os sintomas gripais, principalmente nos pequenos.
Cidades mineiras declaram emergência sanitária
Até o momento, seis municípios mineiros já decretaram situação de emergência, citando superlotação hospitalar e risco de desassistência como motivos. A crise escancarou a fragilidade das redes municipais frente a surtos sazonais.
As cidades afetadas intensificaram campanhas de orientação e reforçaram o atendimento de urgência. A coordenação entre os entes federativos tem sido vital para evitar um cenário ainda mais grave.
Como enfrentar essa nova onda respiratória?
O desafio agora é duplo: garantir atendimento imediato a quem precisa e conter a propagação dos vírus. Para isso, especialistas recomendam:
- Manter vacinação em dia, inclusive contra a gripe;
- Evitar aglomerações e locais fechados com pouca ventilação;
- Levar imediatamente ao médico crianças com febre alta, tosse persistente ou dificuldade para respirar.
O surto reforça a necessidade de um sistema de saúde preparado e ágil. A resposta à crise será decisiva para evitar tragédias e proteger os mais vulneráveis.