A Renault está apostando todas as fichas em um novo projeto que pode mudar o jogo no mercado brasileiro. O Boreal, novo SUV médio da marca francesa, será produzido aqui no Brasil e depois exportado para mais de 70 países. É uma aposta grande e que mostra que o país virou referência para desenvolvimento de carros.
A produção vai acontecer em São José dos Pinhais, no Paraná, onde a Renault já faz outros modelos. O lançamento oficial está marcado para 10 de julho em São Paulo, e as primeiras unidades devem chegar às lojas até outubro. É praticamente certo que o Boreal vai brigar de igual para igual com o Jeep Compass e o Toyota Corolla Cross.
Por que o Boreal pode dar certo no Brasil?
O Boreal tem tudo para fazer sucesso por aqui. Ele vai usar o motor 1.3 turbo da Horse que já equipa outros carros da marca. São 156 cavalos com gasolina e 163 cavalos com etanol, números que ficam na média do segmento. O câmbio é o mesmo automatizado de dupla embreagem do Kardian.
A marca também promete um pacote de tecnologias bem completo. Vai ter sistema ADAS com frenagem automática, controle de cruzeiro adaptativo e alerta de ponto cego. Para quem gosta de conectividade, vai vir com central multimídia de até 10 polegadas e compatibilidade com Android Auto e Apple CarPlay.
Como será o visual do novo SUV?
O design do Boreal vai se inspirar no Dacia Bigster, que é vendido na Europa. Mas não se preocupe, ele vai ter cara própria da Renault. Os faróis serão full LED, as lanternas também em LED e com formato horizontal. Um detalhe interessante são as maçanetas traseiras embutidas na coluna.
Por dentro, o Boreal promete ser mais sofisticado que o Kardian. Vai ter acabamento com plásticos de toque macio, detalhes em preto brilhante e opções de revestimento premium nas versões topo de linha. O porta-malas deve ter mais de 500 litros, o que é bastante espaço para um SUV médio.
Qual vai ser o preço do Boreal?
Os valores ainda não foram confirmados, mas as estimativas ficam entre R$ 180 mil e R$ 200 mil. É um preço que coloca o Boreal direto na briga com os líderes do segmento. O Jeep Compass e o Corolla Cross são os principais concorrentes, então a Renault precisa acertar na estratégia de preços.
A ideia é que o Boreal seja mais em conta que a concorrência, mas sem perder em equipamentos e qualidade. É uma estratégia arriscada, mas que pode dar certo se o carro realmente entregar o que promete. O mercado de SUVs médios representa 25% de todas as vendas no Brasil.
Como ficam as versões híbridas?
A Renault já confirmou que vai ter versões híbridas do Boreal, mas só entre 2026 e 2027. O sistema vai ser o micro-híbrido de 48V, que é mais simples e barato que um híbrido convencional. Essa tecnologia ajuda a economizar combustível e ainda pode dar uma força extra em subidas.
O interessante é que o sistema híbrido vai funcionar meio como uma tração nas quatro rodas. O motor elétrico fica no eixo traseiro e pode ajudar em situações off-road. É uma solução inteligente que dispensa o eixo cardã tradicional e sai mais barato para produzir.
O que isso significa para o mercado brasileiro?
A chegada do Boreal mostra que o Brasil está virando um centro de desenvolvimento global da Renault. O país não é só um mercado consumidor, mas também um local onde a marca cria produtos para o mundo inteiro. Isso é bom para a economia e pode trazer mais investimentos.
Para o consumidor, significa mais opções no mercado de SUVs médios. Com mais concorrência, os preços tendem a ficar mais atrativos e os equipamentos mais completos. O Boreal pode forçar outros fabricantes a melhorar seus produtos para não perder mercado.
Quando o Boreal chega às lojas?
O cronograma está bem definido. A apresentação oficial é dia 10 de julho em São Paulo. A produção começa no terceiro trimestre em São José dos Pinhais. As primeiras unidades devem chegar às concessionárias até outubro. É um prazo apertado, mas a Renault parece confiante.
A fábrica no Paraná já está sendo preparada para receber a nova linha de produção. Vão ser necessárias adaptações para comportar a plataforma RGMP e os sistemas eletrônicos mais sofisticados do Boreal. É um investimento significativo que mostra o comprometimento da marca com o projeto.