Em uma medida histórica, o governo federal reajustou o salário mínimo para R$ 1.518 em 2025, um aumento de R$ 106 em relação ao valor anterior de R$ 1.412. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou a mudança, que já vinha sendo articulada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O reajuste de 7,5% segue a nova política de valorização do salário mínimo, aprovada em 2023, que considera a inflação pelo INPC e o crescimento do PIB. A meta é simples: garantir poder de compra real aos brasileiros e fortalecer a base da economia.
Aposentados, BPC e PIS também recebem mais
A medida beneficia diretamente mais de 40 milhões de pessoas, incluindo aposentados, pensionistas, beneficiários do BPC, do seguro-desemprego e do abono salarial (PIS/Pasep). Para quem recebe o piso nacional, o valor de R$ 1.518 já é integral.
Já os segurados do INSS que ganham acima do mínimo receberam ajustes proporcionais, conforme estabelecido por lei. A decisão tem forte impacto social, especialmente para idosos e pessoas com deficiência que dependem do BPC, cujo valor acompanha o salário mínimo.

Salário ainda não cobre necessidades básicas
Apesar da alta, o salário mínimo ainda está longe do ideal. Segundo o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o valor necessário para sustentar uma família de quatro pessoas seria de R$ 7.067,68 em 2025.
Essa diferença escancara a realidade de milhões de brasileiros que, mesmo com reajustes, ainda enfrentam dificuldades para manter uma vida digna. Gastos com alimentação, moradia, transporte, saúde e educação continuam comprometendo o orçamento familiar.
Entenda como o reajuste é calculado
O novo salário mínimo é resultado de uma fórmula que une dois fatores:
- Inflação medida pelo INPC, que reflete os preços para famílias de baixa renda
- Crescimento do PIB, garantindo ganho real sempre que a economia avança
Essa política visa não apenas repor perdas inflacionárias, mas também garantir crescimento real no poder de compra. O objetivo é fazer com que o trabalhador sinta o reajuste no bolso — e não apenas no papel.
Governo mira novos aumentos sustentáveis
O desafio agora é equilibrar valorização com responsabilidade fiscal. A equipe econômica de Lula afirma que continuará buscando reajustes sustentáveis, com foco no crescimento da economia e no combate à desigualdade.
Para isso, será essencial impulsionar a geração de empregos formais e ampliar o acesso a serviços públicos de qualidade. O salário mínimo é o ponto de partida, mas o objetivo maior é mudar a realidade de quem vive com pouco.