A GAC Motor desembarcou no Brasil fazendo barulho. Em maio de 2025, a marca chinesa chegou com cinco carros de uma vez só, algo que nenhuma outra montadora asiática ousou fazer por aqui. Foram quatro elétricos e um híbrido, com preços que vão de R$ 169.990 até R$ 349.990. A GAC não veio para brincadeira: investiu pesado, com US$ 1,3 bilhão confirmados para construir uma fábrica em Catalão, Goiás, e promete produzir carros localmente já a partir de 2026.
A empresa é gigante na China – é a sexta maior montadora do país – e já está presente em mais de 70 países. Mas o Brasil virou prioridade máxima. Tanto que a marca abriu 83 pontos de venda de cara, entre concessionárias e lojas em shoppings. A meta é chegar a 120 pontos até o final de 2025. Para quem ainda não conhece, GAC é a sigla da Guangzhou Automobile Group, uma holding estatal fundada em 1997 que decidiu apostar todas as fichas no mercado brasileiro de elétricos.
Que carros a GAC trouxe para o Brasil?
A GAC caprichou na variedade de modelos para a estreia brasileira. O mais barato é o Aion ES, um sedã elétrico de 4,81 metros que custa R$ 169.990 e promete 314 km de autonomia. É o tipo de carro perfeito para executivos e frotas corporativas que querem economizar combustível. Logo acima vem o Aion Y, um SUV médio elétrico por R$ 174.990, com 318 km de autonomia e visual que mistura minivan com utilitário urbano.
O mais interessante da linha é o Hyptec HT, que custa R$ 299.990 e vem com portas traseiras estilo “asa de gaivota”, igual aqueles carros de filme de ficção científica. Com 362 km de autonomia e motor de até 340 cavalos (dependendo da versão), ele briga diretamente com SUVs premium. O Aion V fica no meio termo, custando R$ 214.990, com 389 km de autonomia e um diferencial curioso: compartimento interno que funciona como geladeira, esquentando até 50°C ou resfriando até -15°C.
Como fica a concorrência com BYD e outras chinesas?
A GAC chega num momento bem quente da disputa entre marcas chinesas no Brasil. A BYD já domina o mercado de elétricos por aqui, a GWM está crescendo firme, e agora tem Zeekr, Omoda, Chery e outras brigando por espaço. A estratégia da GAC foi diferente: em vez de chegar devagar com dois ou três carros, ela decidiu mostrar força com cinco modelos de cara, cobrindo desde sedã executivo até SUV de luxo.
Os preços da GAC estão bem posicionados para incomodar a concorrência. O Aion Y por R$ 174.990 briga com o BYD Yuan Plus, enquanto o Aion V por R$ 214.990 quer o lugar do Song Plus. O Hyptec HT é mais ousado, partindo de quase R$ 300 mil para enfrentar SUVs premium. A marca também trouxe o GS4, único híbrido da linha inicial, que custa R$ 189.990 e promete fazer até 14,1 km/l na cidade.
Quando a GAC vai produzir carros no Brasil?
A GAC já confirmou que vai construir uma fábrica em Catalão, Goiás, com investimento de US$ 1,3 bilhão. A produção local deve começar em 2026, inicialmente com três modelos: Aion V, Aion Y e GS4. A marca não quer só vender carros importados – o plano é se tornar a primeira montadora chinesa com linha de produção completa no Brasil, fabricando desde carros a combustão até elétricos e híbridos.
Além da fábrica, a GAC vai instalar um centro de pesquisa e desenvolvimento no país. A empresa firmou parcerias com universidades brasileiras para desenvolver tecnologias específicas para o mercado local, incluindo motores híbridos flex que funcionem tanto com gasolina quanto com etanol. É um investimento de R$ 120 milhões só em pesquisa, mostrando que a marca veio para ficar e entender o que o brasileiro realmente quer.
Vale a pena apostar nos carros da GAC?
Para quem está pensando em carro elétrico, a GAC chegou com propostas interessantes. Os preços estão competitivos, a autonomia é boa e a marca trouxe tecnologias legais, como direção assistida de nível L2 e comandos por voz com inteligência artificial. O Aion Y tem as portas que abrem mais que qualquer outro carro no mercado brasileiro, e o Aion V vem com aquele compartimento térmico que pode ser útil para quem viaja muito.
O ponto de interrogação é sempre o mesmo com marca nova: peças de reposição, rede de assistência e valor de revenda. A GAC promete três anos de manutenção gratuita para quem comprar nos primeiros meses, dois anos de assistência 24 horas e ainda dá um carregador portátil de brinde que custaria R$ 7 mil. Com a fábrica local confirmada para 2026, a tendência é que os preços fiquem ainda mais competitivos e as peças mais fáceis de encontrar. Pode ser uma boa para quem quer sair na frente.