O governo federal anunciou uma nova modalidade do programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida”, voltada especificamente para a classe média. Essa iniciativa visa atender famílias com renda mensal entre R$ 8.600 e R$ 12.000, oferecendo condições de financiamento mais acessíveis. O objetivo é reverter a baixa popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre essa parcela da população.
Faixa 4 e suas condições atraentes
O ministro das Cidades, Jader Filho, explicou que a “Faixa 4” do programa terá taxas de juros de 10,5% ao ano e permitirá o pagamento em até 420 meses. O valor máximo do imóvel a ser financiado é de R$ 500.000. Com essa medida, o governo espera corrigir distorções no mercado habitacional e estimular a construção civil, gerando novos empregos.
Como funciona a Faixa 4 do programa?
A nova Faixa 4 do programa foi aprovada pelo Conselho Curador do FGTS e destina-se a imóveis novos e usados. No entanto, o financiamento de imóveis usados será limitado a 60% a 80% do valor total, com o intuito de incentivar a construção de novas unidades habitacionais. O governo prevê um investimento de R$ 30 bilhões para atender 120 mil famílias.

Detalhamento das outras faixas do programa
A Faixa 4 complementa as outras faixas do programa, que são:
- Faixa 1: Renda familiar de até R$ 2.850, com subsídio de até 95% do valor do imóvel.
- Faixa 2: Renda familiar de R$ 2.850,01 a R$ 4.700, com subsídio de até R$ 55 mil e juros reduzidos.
- Faixa 3: Renda familiar de R$ 4.700,01 a R$ 8.600, sem subsídios, mas com condições de financiamento facilitadas.
Inclusão de população em situação de rua no programa
O programa também inclui uma nova portaria que obriga 38 cidades a destinar no mínimo 3% dos empreendimentos para a população em situação de rua. Essa medida visa atender capitais e municípios com mais de 100 mil pessoas em situação de rua cadastradas no CadÚnico. As casas serão doadas às famílias cadastradas pelas prefeituras, com um acompanhamento social e de saúde para garantir a eficácia da iniciativa.
Expectativas para o futuro do programa habitacional
O governo planeja expandir ainda mais o programa “Minha Casa, Minha Vida”, com a possibilidade de aumentar o aporte para R$ 18 bilhões. Essa expansão busca atender um número maior de famílias e melhorar a popularidade do governo, especialmente em regiões onde a aceitação é menor.
Com essas mudanças, o programa espera não apenas oferecer moradia digna para mais brasileiros, mas também estimular a economia através da construção civil e do aumento do emprego no setor.