O apresentador Celso Portiolli tomou medidas legais contra o Facebook devido ao uso não autorizado de sua imagem em anúncios fraudulentos. A ação judicial foi registrada no Tribunal de Justiça de São Paulo em fevereiro de 2023. Portiolli alega que sua imagem e voz foram exploradas por perfis na plataforma para aplicar golpes, gerando preocupações sobre a segurança e a integridade das redes sociais.
Os anúncios fraudulentos começaram a circular em fevereiro de 2025, segundo a ação. Um dos anúncios, divulgado por uma página intitulada “Espalhando o Bem“, utilizava um vídeo editado com a voz de Portiolli, manipulada por inteligência artificial. O vídeo solicitava doações para o tratamento de uma criança fictícia chamada Gabriel, supostamente diagnosticada com leucemia.
Como os anúncios fraudulentos afetam a confiança dos usuários?
No vídeo, o apresentador é ouvido dizendo: “Oi, pessoal, tudo bem? Hoje eu preciso compartilhar uma história que me tocou profundamente. É sobre o Gabriel, um garotinho de apenas 4 anos… Se puder, ajude. O que você puder doar, seja R$ 10 ou R$ 1.000, pode ser essencial para essa família.” Muitos fãs, acreditando na autenticidade do vídeo, expressaram a intenção de ajudar financeiramente, demonstrando como esses golpes podem enganar usuários bem-intencionados.
A defesa de Portiolli afirma que tentou contato com o Facebook para a remoção do conteúdo, mas não obteve sucesso. A empresa não tomou medidas para suspender a atividade fraudulenta, apesar de alegar que realiza monitoramento prévio dos anúncios. Este caso levanta questões sobre a eficácia das políticas de controle de conteúdo nas redes sociais.
Quais são as m edidas tomadas pelo Facebook?
Em resposta à ação, o Facebook informou que o perfil responsável pelos anúncios já havia sido removido. A empresa destacou que novos pedidos de remoção exigem que o Judiciário forneça os links exatos dos conteúdos. Além disso, o Facebook afirmou possuir sistemas automatizados para identificar e barrar conteúdos suspeitos, bem como ferramentas para que os usuários denunciem publicações fraudulentas.
Atualmente, a ação aguarda a resposta de Portiolli, que tem até o dia 17 de abril para se manifestar. Ele solicita acesso aos dados dos responsáveis pela propaganda, o pagamento de honorários advocatícios e uma indenização de R$ 20 mil. O caso está sob análise da juíza Thaís da Silva Porto.
O impacto das ações legais no futuro das redes sociais
Este caso destaca a importância de medidas mais rigorosas para proteger a imagem e a voz de indivíduos nas plataformas digitais. A ação de Portiolli pode servir como um precedente para outros casos semelhantes, pressionando as redes sociais a aprimorar seus sistemas de segurança e monitoramento. A decisão final pode influenciar a forma como as plataformas lidam com conteúdos fraudulentos e protegem seus usuários.