A Volkswagen está prestes a fazer uma mudança que pode parecer maluca à primeira vista: cortar as versões do Polo pela metade. O hatch que é uma das paixões nacionais, hoje com sete versões, vai ficar com apenas quatro em 2026. Antes que você entre em pânico, existe uma razão muito inteligente por trás dessa decisão: a chegada do Tera, o novo SUV que promete revolucionar o mercado nacional.
A estratégia é simples e brilhante ao mesmo tempo. Em vez de brigar consigo mesma, a Volkswagen decidiu organizar a casa. O Polo continua sendo o queridinho dos hatches, enquanto o Tera vai ocupar o espaço dos SUVs compactos. É como reorganizar o armário: você tira o que não usa tanto e dá espaço para as roupas novas.
Quais versões do Polo vão continuar na luta?
As quatro versões que sobreviveram foram escolhidas a dedo. Ficaram a Track, Robust, Sense e Highline. É basicamente um time dos sonhos do Polo, com cada uma atendendo um tipo específico de cliente. A Track e Sense são as mais acessíveis, perfeitas para quem quer economizar. A Robust é como um pacote extra da Track, ideal para quem precisa de algo mais resistente.
A Highline segue como a estrela do pedaço, a versão top de linha que vem com tudo que você pode imaginar. É aquela versão que faz você se sentir dirigindo um carro muito mais caro do que realmente é. A Volkswagen basicamente manteve as versões que realmente vendem e cortou as que ficavam ali no meio, sem muita personalidade.
Por que motores diferentes fazem toda a diferença?
A divisão dos motores foi pensada de forma muito esperta. As versões Track e Robust ficaram com o motor 1.0 MPI de 84 cv, que é aquele motor honesto e econômico. Perfeito para quem quer um carro confiável sem frescura. Já as versões Sense e Highline receberam o motor 1.0 turbo com 116 cv, que é bem mais animado.
É uma separação que faz sentido total. Quem compra a versão básica geralmente quer economia de combustível acima de tudo. Quem vai para as versões mais caras já está disposto a pagar um pouco mais de gasolina em troca de um motor mais esperto. É como escolher entre um tênis confortável para o dia a dia e um tênis de corrida para performance.
Como o Tera mudou completamente o jogo?
O Tera não é só mais um SUV. Ele chegou para ser a resposta da Volkswagen para uma realidade que todo mundo já sabia: o brasileiro está deixando os hatches de lado e partindo para os SUVs. O Tera foi lançado com preços a partir de R$ 99.990, exatamente para ocupar o espaço que estava vago entre o Polo e outros SUVs mais caros.
O que torna o Tera especial é que ele foi completamente desenvolvido no Brasil pelo designer José Carlos Pavone. Não é uma adaptação de carro europeu, é um projeto nosso para as nossas necessidades. Com 4,15 metros de comprimento e porta-malas de 350 litros, ele entrega o que o brasileiro quer: espaço e praticidade num pacote bonito.
Qual será o impacto real nas vendas da Volkswagen?
A estratégia da Volkswagen é quase um xadrez automotivo. Em vez de deixar o Polo e o Tera brigarem entre si, eles criaram territórios bem definidos. O Polo continua sendo o rei dos hatches, começando em R$ 95.790, enquanto o Tera domina os SUVs compactos com preços que vão até R$ 142.290.
O interessante é que o Tera já vem equipado com seis airbags de série e frenagem automática de emergência até na versão mais básica. É um nível de segurança que antes você só via em carros bem mais caros. A Volkswagen está claramente apostando que os brasileiros estão dispostos a pagar um pouco mais por segurança e tecnologia.
Por que essa mudança veio na hora certa?

O timing dessa estratégia não poderia ser melhor. O mercado de SUVs compactos está explodindo no Brasil, e a Volkswagen não queria ficar de fora dessa festa. Com o Tera ocupando esse espaço e o Polo focado no que faz de melhor, a marca consegue atender quem quer um hatch tradicional e quem já migrou para a moda dos SUVs.
O Tera inclusive vai ser exportado para mais de 20 países, mostrando que não é só uma aposta local. É um carro global que nasceu aqui. E o Polo continua sendo o Polo: confiável, econômico e com aquela qualidade Volkswagen que todo mundo já conhece. No final das contas, todo mundo sai ganhando com essa reorganização.
O que isso significa para quem vai comprar carro?
Para o consumidor, essa mudança significa opções mais claras e definidas. Se você quer um hatch tradicional, o Polo continua sendo uma excelente escolha, agora com versões mais focadas e menos confusão na hora de escolher. Se você está na onda dos SUVs, o Tera chegou para ser uma opção brasileira, com preço justo e muita tecnologia.
A Volkswagen também trouxe uma novidade que promete fazer diferença: o Otto, um assistente com inteligência artificial que estará disponível no Tera. É só falar “Fala, Otto!” e ele responde perguntas sobre o carro ou qualquer coisa da internet. É o tipo de tecnologia que faz você se sentir no futuro, mas num carro que cabe no seu orçamento.