Nos últimos anos, tem se tornado cada vez mais comum o uso de ligações telefônicas para aplicar golpes financeiros. Os golpistas se passam por representantes de bancos, informando sobre supostas transações de alto valor que precisam de confirmação. Essa prática tem como objetivo roubar informações pessoais e dinheiro das vítimas.
Além das ligações, os criminosos utilizam outros meios de comunicação, como SMS, e-mails e mensagens de WhatsApp, para enganar as pessoas. As vítimas, muitas vezes, são pegas de surpresa com valores altos, o que aumenta a eficácia do golpe. A seguir, exploraremos como esses golpes funcionam e como se proteger deles.
Como os golpistas obtêm informações das vítimas?
Os golpistas conseguem acesso aos contatos das vítimas de várias maneiras. Um dos métodos mais comuns é através de vazamentos de dados ou quando um telefone é roubado, permitindo que os criminosos acessem a lista de contatos. Além disso, muitas pessoas acabam expondo seus números de telefone em redes sociais, facilitando o trabalho dos golpistas.
É importante estar ciente de que informações pessoais, como nome, endereço e número de telefone, podem estar disponíveis publicamente em perfis de redes sociais, muitas vezes sem que o usuário se lembre disso. Essa exposição inadvertida de dados pessoais é uma das principais portas de entrada para os golpistas.

Como se proteger de golpes bancários?
A principal recomendação para se proteger desses golpes é sempre desconfiar de contatos não solicitados que pedem informações pessoais ou financeiras. Caso receba uma ligação suspeita, desligue imediatamente e entre em contato com o banco através dos canais oficiais.
Os especialistas também aconselham a não clicar em links recebidos por SMS ou e-mail de remetentes desconhecidos. Em vez disso, é preferível acessar diretamente o site oficial do banco ou aplicativo para verificar qualquer informação. Manter-se informado sobre as práticas de segurança do banco também é essencial para evitar fraudes.
O que fazer se cair em um golpe?
Se uma pessoa perceber que foi vítima de um golpe, é crucial agir rapidamente. O primeiro passo é entrar em contato com o banco para relatar a fraude e tentar bloquear a transação. No caso de pagamentos via Pix, o Banco Central oferece o Mecanismo Especial de Devolução (MED), que permite solicitar a devolução do dinheiro em até 80 dias após a transação.
Além disso, é importante registrar um boletim de ocorrência e guardar todas as provas do golpe, como capturas de tela de mensagens e extratos bancários. Essas medidas podem ajudar na recuperação do dinheiro e na investigação do caso.
Como identificar contatos legítimos dos bancos?
Os bancos têm adotado diversas medidas para ajudar os clientes a identificar contatos legítimos. Por exemplo, o Nubank oferece a funcionalidade “Chamada Verificada”, que permite verificar se uma ligação é realmente do banco. Já o Itaú utiliza canais oficiais, como notificações pelo aplicativo, para alertar sobre transações suspeitas.
É importante lembrar que os bancos nunca solicitam dados pessoais, senhas ou transferências financeiras para cancelar transações não reconhecidas. Caso receba uma solicitação desse tipo, é quase certo que se trata de um golpe.
Manter-se informado sobre as práticas de segurança dos bancos e adotar uma postura cautelosa em relação a contatos não solicitados são as melhores formas de se proteger contra fraudes financeiras.