O remake de “Vale Tudo” estreia amanhã, trazendo de volta uma das novelas mais impactantes da televisão brasileira. Originalmente exibida em 1988, a trama marcou a história da TV com sua história de ambição, corrupção e dilemas morais. Conheça 10 curiosidades que fizeram de “Vale Tudo” um verdadeiro marco da teledramaturgia nacional.
O assassinato de um ator que abalou o Brasil
O ator Fernando Almeida, que interpretou Gilson na novela, teve um destino trágico após o fim da trama. Em 2004, ele foi brutalmente assassinado aos 29 anos, em um crime ocorrido após uma discussão durante a saída de um baile funk. O assassinato chocou o público e marcou a memória de quem acompanhou sua trajetória artística.
Os nomes que quase foram dados a ‘Vale Tudo’
Antes de ser chamada de “Vale Tudo”, a novela passou por um processo de escolha de título que envolveu algumas opções curiosas. Entre elas, estavam os nomes “Bufunfa” e “Pátria Amada”, que poderiam ter dado outro tom à história, mas acabaram sendo descartados.
A inspiração no cinema clássico para a trama
Gilberto Braga, autor da novela, se inspirou no filme “Alma em Suplício” (1945) para criar a relação conturbada entre mãe e filha que foi um dos pontos centrais da trama. Esse elemento dramático deu profundidade ao enredo e contribuiu para os altos índices de audiência da novela.
Novos talentos que surgiram em ‘Vale Tudo’
“Vale Tudo” não apenas marcou pela trama envolvente, mas também pela estreia de grandes nomes da televisão. A novela foi a porta de entrada para atores como Adriana Esteves, Humberto Martins, Marcello Novaes e Otávio Müller, que mais tarde se tornaram ícones da teledramaturgia. Curiosamente, Adriana Esteves teve uma participação breve, mas emblemática, como figurante.
O mistério de “Quem matou Odete Roitman?”
Sem dúvida, o mistério que envolveu o assassinato da vilã Odete Roitman, interpretada por Beatriz Segall, foi um dos maiores marcos de “Vale Tudo”. A revelação do assassino, no episódio de 24 de dezembro de 1988, com três tiros certeiros, parou o Brasil. A frase “Quem matou Odete Roitman?” ficou gravada na memória de todos e gerou discussões intermináveis entre os telespectadores.
A censura que afetou a novela
Exibida no fim dos anos 80, “Vale Tudo” enfrentou severos cortes e censura, especialmente nos diálogos que tratavam de temas delicados, como o relacionamento homoafetivo entre as personagens Cecília e Laís, e a sexualidade do personagem Tiago. A censura refletia o contexto da época, onde certos temas ainda eram considerados tabu para a televisão.
O remake de 2002 que não emplacou
Em 2002, uma tentativa de remake internacional de “Vale Tudo”, chamada “Vale Todo”, foi realizada em parceria com a Telemundo. No entanto, a adaptação não conseguiu conquistar o público, fracassando em audiência e não repetindo o sucesso da versão original.

A vilã que marcou a história da TV
Gilberto Braga inicialmente pensou em Odete Lara e Tônia Carrero para interpretar a temida Odete Roitman, mas foi Beatriz Segall quem, com seu talento incomparável, eternizou a personagem e se tornou um dos maiores nomes das vilãs da história da televisão brasileira. Sua interpretação segue sendo lembrada como uma das mais emblemáticas da teledramaturgia.
Audiência histórica que fez história
O sucesso de “Vale Tudo” foi imensurável. A novela teve uma média de 61 pontos no Ibope, mas o capítulo em que Odete Roitman é assassinada alcançou impressionantes 81 pontos, um número quase impossível de ser atingido atualmente. O fenômeno da audiência continua sendo um recorde até hoje.
O sucesso internacional de ‘Vale Tudo’
Além do enorme sucesso no Brasil, “Vale Tudo” também conquistou audiência internacional, sendo exibida em mais de 30 países, incluindo grandes mercados como Alemanha, Espanha, Estados Unidos, Itália, Turquia e Venezuela. A trama se tornou um marco da teledramaturgia brasileira no exterior, reafirmando sua força e importância na história da TV mundial.