Em 2025, a Netflix enfrentou um de seus maiores desafios com o lançamento de “The Electric State“. Este filme de ficção científica, dirigido pelos renomados irmãos Russo, Anthony e Joe, conhecidos por seus trabalhos em filmes da Marvel, como “Vingadores: Ultimato“, e estrelado por Millie Bobby Brown, foi um dos projetos mais ambiciosos da plataforma. Baseado na graphic novel de mesmo nome, escrita e ilustrada por Simon Stålenhag, o filme conta também com Chris Pratt e Ke Huy Quan no elenco. Com um orçamento estimado em 320 milhões de dólares, a produção gerou debates sobre a viabilidade de investimentos tão altos no setor de streaming.
A história se desenrola em uma versão alternativa de 1997, onde um colapso tecnológico mergulha o mundo em caos. A protagonista, Michelle, interpretada por Millie Bobby Brown, embarca em uma jornada para encontrar seu irmão desaparecido, acompanhada por um robô e um contrabandista, papel de Chris Pratt. A combinação de ficção científica distópica com a nostalgia dos anos 90 foi uma tentativa de atrair diferentes públicos, mas acabou sendo criticada por sua execução.
Quais foram os desafios enfrentados durante a produção?
A produção de “The Electric State” não foi isenta de dificuldades. Desde o início, a equipe enfrentou desafios técnicos significativos, culminando em um trágico acidente que resultou na morte de um membro da equipe em novembro de 2022. Apesar desses contratempos, as filmagens foram concluídas em fevereiro de 2023, com refilmagens adicionais realizadas no início de 2024. Esses eventos contribuíram para o aumento dos custos e atrasos no cronograma.
Como foi a recepção crítica e do público?
A recepção crítica de “The Electric State” foi majoritariamente negativa. No Rotten Tomatoes, o filme recebeu apenas 16% de aprovação, com críticas direcionadas às falhas narrativas e ao tom inconsistente. No entanto, o público mostrou-se mais indulgente, conferindo ao filme uma aprovação de 76%. Essa discrepância entre crítica e audiência não é incomum em filmes de ficção científica, onde efeitos visuais podem compensar deficiências no roteiro para espectadores casuais. A presença de um elenco de peso, como Millie Bobby Brown, Chris Pratt e Ke Huy Quan, pode ter influenciado positivamente a recepção do público.
O que o fracasso de “The Electric State” significa para a Netflix?
O desempenho de “The Electric State” levanta questões sobre a estratégia de produção da Netflix. O orçamento de 320 milhões de dólares supera o custo combinado dos últimos 13 vencedores do Oscar de Melhor Filme, evidenciando o risco financeiro associado a projetos de grande escala. Este caso pode influenciar a plataforma a reconsiderar seus investimentos futuros, equilibrando entre produções de alto custo e conteúdo mais acessível. A análise dos resultados pode levar a Netflix a explorar novas estratégias de marketing e produção, especialmente considerando colaborações com diretores experientes como os irmãos Russo.
Qual é o futuro das produções de grande orçamento no streaming?
O fracasso de “The Electric State” pode sinalizar uma mudança na abordagem das plataformas de streaming em relação a produções de grande orçamento. À medida que o mercado se torna mais competitivo, a necessidade de inovação e equilíbrio financeiro se torna crucial. As plataformas podem optar por diversificar seus investimentos, apostando em uma combinação de produções de médio porte e conteúdo original que ressoe com uma audiência global diversificada. Parcerias com talentos renomados e a adaptação de materiais consagrados, como graphic novels, podem continuar sendo parte da estratégia, mas com um olhar mais cauteloso sobre a rentabilidade e o apelo do público.