O filme Inexplicável chegou aos cinemas prometendo contar uma história real impressionante. Fabrício Bittar dirigiu a adaptação do livro de Phelipe Caldas sobre Gabriel Varandas. Um menino de oito anos que enfrentou um tumor cerebral e quase morreu.
A história aconteceu entre 2013 e 2014. Gabriel passou por momentos que deixaram médicos sem resposta. O filme mistura fé e ciência de um jeito que faz você questionar muita coisa.
Mas será que tudo que vemos na tela aconteceu mesmo? Ou o cinema inventou algumas partes para emocionar mais? Vamos descobrir.
O que realmente aconteceu com Gabriel?
A história real é impressionante mesmo. Gabriel desenvolveu um tumor cerebral aos oito anos. Os médicos ficaram confusos no começo. Pensaram em tipos agressivos como meduloblastoma e glioblastoma multiforme.
A biópsia trouxe uma surpresa. Era um astrocitoma pilocítico. Bem menos agressivo que os outros. Os médicos respiraram aliviado. As chances de cura eram maiores.
Mas aí veio outro susto. Gabriel teve alta do hospital e voltou no dia seguinte. Tinha pego meningite bacteriana. A situação ficou crítica de novo.
O pior momento foi quando os médicos consideraram que ele estava em morte encefálica. Parecia que não havia mais esperança. Mas Gabriel voltou. Contra todas as expectativas médicas.
Onde o filme mudou a história real?
Todo filme baseado em fatos reais toma algumas liberdades. Inexplicável não é diferente. Fabrício Bittar mudou alguns detalhes para criar mais emoção.
No filme, o pai Marcus aparece cético sobre fé no começo. Na vida real, tanto ele quanto Yanna sempre acreditaram em intervenção divina. A mudança serve para mostrar uma transformação do personagem.
Tem uma cena onde Marcus conversa com outra família no hospital. O filho deles foi atropelado. Essa parte é pura ficção. Foi criada para mostrar outros dramas que acontecem em hospitais.
O horário do retorno de Gabriel ao hospital também mudou. No filme, sugere que foi de madrugada. Na realidade, foi no início da tarde. Pequenos detalhes que não afetam a essência da história.
Como o futebol entrou na história?
Gabriel é louco por futebol. Torce pelo Fluminense e idolatra o jogador Fred. Jogava futsal no Cabo Branco, um clube real de João Pessoa. Isso tudo é verdade.
O filme mostra essa paixão pelo esporte. É importante porque humaniza Gabriel. Ele não é só o menino doente. É uma criança normal que ama futebol como qualquer outra.
Mas tem uma diferença importante. No filme, Gabriel assiste à final do campeonato numa cadeira de rodas. Na realidade, ele jogou a final do Campeonato Paraibano de 2013 antes de ficar doente.
A premiação que aconteceu depois, essa sim foi quando ele estava se recuperando. O filme misturou os dois momentos para criar mais impacto emocional.
Por que mexe tanto com quem assiste?
A história de Gabriel toca em algo universal. Todo mundo tem medo de perder alguém querido. Ver uma família lutando contra uma doença grave desperta empatia imediata.
O filme também levanta questões profundas. Até onde a medicina consegue explicar tudo? Existe algo além do que a ciência conhece? Cada um tira suas próprias conclusões.
Eriberto Leão e Letícia Spiller entregam performances convincentes. Você acredita no desespero e na esperança que eles transmitem. É difícil não se envolver emocionalmente.
A direção de Fabrício Bittar equilibra bem tensão e esperança. Não é melodrama exagerado. É drama humano real.
Médicos realmente ficaram sem explicação?
Os profissionais que cuidaram de Gabriel admitem que a recuperação foi surpreendente. Alguns usaram palavras como “inexplicável” para descrever o que aconteceu.
Isso não significa que abandonaram a ciência. Continuaram tratando com medicamentos e procedimentos médicos. Mas reconheceram que algo além do protocolo médico aconteceu.
É interessante ver como fé e ciência podem coexistir. Gabriel teve tratamento médico de qualidade. Mas também teve uma família que nunca parou de acreditar num milagre.
Vale a pena assistir?
Se você curte filmes baseados em histórias reais, Inexplicável entrega. Não é blockbuster cheio de efeitos especiais. É drama humano simples e bem contado.
Vai fazer você pensar sobre fé, família e superação. Mesmo quem não é religioso pode se emocionar com a história. É sobre amor parental e força para enfrentar o impossível.
O filme está nos cinemas e em plataformas de streaming. Gerou debates nas redes sociais sobre os temas que aborda. Isso mostra que conseguiu atingir seu objetivo.
Gabriel hoje está bem?
Sim, Gabriel Varandas se recuperou completamente. Voltou a jogar futebol e leva vida normal. Sua história virou livro primeiro, depois filme.
Ele e a família participaram da produção do filme. Quiseram que a essência da história fosse preservada. Mesmo com as mudanças dramáticas, o núcleo emocional continua verdadeiro.
A história de Gabriel inspira outras famílias que passam por situações similares. Mostra que sempre existe esperança, mesmo nos momentos mais difíceis.