Bill Skarsgård já assustou muita gente como Pennywise em It – A Coisa. Mas agora ele diz que encontrou algo ainda mais aterrorizante. No novo Nosferatu, ele interpreta o Conde Orlok. E garante que nunca passou por nada tão intenso na carreira.
O ator sueco de 34 anos teve que se transformar completamente para o papel. Não foi só questão de maquiagem ou figurino. Foi mexer com a mente mesmo. Ele conta que precisou ir a lugares emocionais que nunca havia explorado antes.
O filme estreou em 2025 e é uma nova versão do clássico do terror gótico. Robert Eggers dirigiu, e você já sabe que ele não facilita para ninguém. O cara é conhecido por ser perfeccionista e exigir o máximo dos atores.
Como ele criou a voz assombrada do vampiro?
A parte mais complicada foi criar a voz do Conde Orlok. Skarsgård precisava soar ameaçador, mas sem parecer forçado. A solução veio de um lugar inesperado: ele trabalhou com um cantor de ópera para desenvolver um tom grave e sobrenatural.
O processo foi físico e mental. Manter aquela voz por horas de filmagem era exaustivo. Skarsgård diz que chegava em casa completamente esgotado. Era como se o personagem sugasse sua energia de verdade.
Robert Eggers queria algo que fosse além do humano. Uma voz que desse arrepios só de ouvir. Skarsgård teve que relaxar completamente para deixar sua voz descer a tons que nem sabia que conseguia alcançar.
O resultado impressionou até os colegas de set. Nicholas Hoult, que contracenou com ele, disse que às vezes ficava genuinamente intimidado. Era difícil separar o ator do monstro que ele estava interpretando.
Que desafios ele enfrentou durante as filmagens?
Permanecer no personagem foi mais difícil do que Skarsgård imaginava. O Conde Orlok não é só um vilão comum. É uma criatura antiga, carregada de séculos de dor e sede. Incorporar isso por meses de filmagem mexeu com a cabeça do ator.
Ele precisava encontrar momentos para “sair” do personagem e respirar. Caso contrário, corria o risco de levar aquela energia sombria para casa. Era um equilíbrio delicado entre dar tudo de si e preservar sua saúde mental.
Os colegas de elenco ajudaram nesse processo. Lily-Rose Depp, Willem Dafoe, Emma Corrin e Aaron-Taylor Johnson formavam um time unido. Todos entendiam a intensidade do projeto e se apoiavam mutuamente.
Eggers também foi fundamental. O diretor sabia quando pressionar e quando dar espaço. Ele queria autenticidade, mas não ao custo de destruir seu ator principal.
Por que esse Nosferatu pode mudar o terror?
Este não é apenas mais um remake. Eggers tem histórico de reinventar clássicos do horror. A Bruxa e O Farol provaram que ele sabe mexer com os medos mais profundos das pessoas.
Com Nosferatu, ele está revisitando um ícone do cinema mudo. Mas trazendo para os dias de hoje toda a sofisticação técnica e narrativa que não existia na época. O resultado promete ser visceral e elegante ao mesmo tempo.
O elenco é de primeira linha. Cada ator foi escolhido não só pelo talento, mas pela capacidade de mergulhar fundo em personagens complexos. É o tipo de filme que pode redefinir como o público vê vampiros no cinema.
Será que Skarsgård se superou desta vez?
Depois de Pennywise, muita gente achava que Skarsgård havia chegado ao seu limite no horror. Mas parece que ele ainda tinha cartas na manga. O Conde Orlok exigiu dele algo diferente – menos teatral, mais psicológico.
O ator admite que teve momentos de dúvida durante a produção. Questionou se conseguiria sustentar a intensidade necessária. Mas a equipe e principalmente Eggers o ajudaram a encontrar o caminho.
O resultado promete surpreender até quem já conhece o trabalho de Skarsgård. É uma performance que pode estabelecer novos padrões para atuação no gênero terror.
Vale a pena toda essa intensidade?
Para Skarsgård, a resposta é sim. Ele diz que projetos assim são raros e preciosos. A chance de trabalhar com Eggers e interpretar um personagem tão icônico não aparece todo dia.
O ator também sente que cresceu profissionalmente e pessoalmente. Descobriu limites que não sabia que tinha. E principalmente, aprendeu a navegar por territórios emocionais perigosos sem se perder neles.
Para o público, significa a chance de ver uma nova versão de uma história clássica. Com toda a qualidade técnica e artística que esperamos de produções modernas, mas sem perder a essência que tornou Nosferatu um marco do cinema.
Nosferatu vai assustar mais que It?
Essa é a pergunta que não quer calar. Skarsgård evita fazer comparações diretas, mas admite que são tipos diferentes de medo. Pennywise era mais direto, mais na cara. Orlok é sutil, psicológico, inquietante.
O próprio ator parece mais orgulhoso desta performance. Talvez porque foi mais desafiadora. Ou porque permitiu que ele explorasse nuances que Pennywise não oferecia.
Uma coisa é certa: quem gostou de It vai querer ver Nosferatu. E quem curte terror de qualidade tem um novo filme para marcar no calendário.