As exportações de carros brasileiros estão bombando no início de 2025. O crescimento foi puxado principalmente pelos vizinhos da América Latina, que estão comprando nossos carros como nunca. Segundo a Anfavea, que representa as fábricas de carros no Brasil, foram vendidos 76,7 mil veículos para outros países nos primeiros dois meses do ano.
Isso representa um crescimento de 54,9% comparado ao mesmo período de 2024. O destaque ficou por conta de fevereiro de 2025, que teve 48 mil carros exportados. Foi o melhor resultado desde agosto de 2018. Números que mostram que nossa indústria está se recuperando no mercado internacional.
Quais países estão comprando mais carros brasileiros?
A Argentina continua sendo nosso melhor cliente, com um crescimento impressionante de 172% nas compras. Ela representa cerca de 60% de todas nossas exportações. É um salto gigantesco que mostra a força da parceria entre os dois países. Outros mercados também ajudaram nesse crescimento:
México: participação de 14%, Uruguai: fatia de 8%, Chile: representando 4%. Além desses, Colômbia, Paraguai e Equador também estão entre os compradores importantes. Diversificar os mercados tem sido uma estratégia inteligente para manter o setor crescendo.
Como os carros chineses estão mudando o jogo?
Apesar do crescimento das exportações, o Brasil enfrenta uma concorrência cada vez mais forte dos fabricantes chineses na América Latina. Em 2024, os carros chineses representaram 27,9% das vendas na região, enquanto os brasileiros ficaram com 13,9%.
Os chineses estão ganhando terreno por causa dos investimentos pesados em tecnologia, carros elétricos e preços que cabem no bolso. Para continuar competindo, a indústria brasileira vai precisar correr atrás e se adaptar rapidamente às novidades do mercado automotivo.
Por que as importações estão crescendo tanto?
Junto com o aumento das exportações, o Brasil também está importando muito mais carros. A maior parte dos carros importados vem da China, especialmente os modelos elétricos e híbridos. É um segmento onde nossa indústria ainda está engatinhando.
A Anfavea alerta que cerca de 25% dos carros vendidos no Brasil hoje são importados. Isso pode virar um problema para as fábricas nacionais no futuro, especialmente se a tendência continuar crescendo.
O que está sendo feito para produzir mais híbridos e elétricos?
A produção de carros híbridos e elétricos ainda é pequena no Brasil, mas algumas montadoras já estão investindo pesado nessa área. A Honda, por exemplo, produz aqui modelos híbridos como o Accord e o CR-V.
Fabricantes chinesas como Chery e Great Wall estão construindo fábricas no Brasil focadas exclusivamente em carros híbridos e elétricos. Com esses projetos, a expectativa é que nossa indústria fique mais competitiva e consiga acompanhar as mudanças globais do setor.
Como isso afeta o consumidor brasileiro?

Para quem compra carro no Brasil, essa movimentação pode trazer benefícios. Mais concorrência geralmente significa preços melhores e mais opções de modelos. Os carros importados, especialmente os elétricos, estão trazendo tecnologias que antes não existiam por aqui.
Por outro lado, o fortalecimento da indústria nacional é importante para manter empregos e investimentos no país. O ideal é encontrar um equilíbrio entre aproveitar as novidades que vêm de fora e fortalecer nossa produção local.
Qual o futuro da indústria automotiva nacional?
O cenário é promissor, mas exige adaptação rápida. O Brasil tem tradição na fabricação de carros e uma localização estratégica para atender a América Latina. Nossa indústria só precisa acelerar os investimentos em tecnologia e eletrificação.
Com as novas fábricas de carros elétricos chegando e o crescimento das exportações, os próximos anos podem marcar uma nova fase para o setor automotivo brasileiro. O importante é não perder o timing e continuar inovando para manter a competitividade.