A aposentadoria especial é um benefício previdenciário destinado a trabalhadores que exercem atividades consideradas de risco à saúde. Essa modalidade permite que o profissional se aposente mais cedo, em comparação com outras categorias, devido à exposição a agentes nocivos no ambiente de trabalho. Com a reforma da Previdência, as regras para concessão desse benefício foram alteradas, criando diferentes critérios para trabalhadores que iniciaram suas atividades antes e depois de novembro de 2019.
Como funcionam as regras de transição para a aposentadoria especial?
Para aqueles que já estavam em atividades de risco antes da reforma da Previdência, há regras de transição que consideram o tempo de contribuição e a soma de pontos. Esses pontos são calculados com base na idade do trabalhador e no tempo de serviço em atividades especiais. As regras são divididas conforme o nível de risco da atividade: baixo, médio ou alto.
Para atividades de baixo risco, é necessário atingir 86 pontos com 25 anos de contribuição. Para risco médio, são exigidos 76 pontos com 20 anos de contribuição. Já para atividades de alto risco, o trabalhador deve alcançar 66 pontos com 15 anos de contribuição.
Quais são as regras para quem começou a trabalhar após a reforma?
Os trabalhadores que iniciaram suas atividades em profissões de risco após novembro de 2019 devem seguir regras diferentes. Para atividades de baixo risco, é necessário ter 60 anos de idade e 25 anos de contribuição. Para risco médio, são exigidos 58 anos de idade e 20 anos de contribuição. Já para atividades de alto risco, o trabalhador deve ter 55 anos de idade e 15 anos de contribuição.

Quais profissões garantem o direito à aposentadoria especial?
As profissões que dão direito à aposentadoria especial são classificadas de acordo com o nível de risco: alto, médio e baixo. Entre as atividades de alto risco, que exigem 15 anos de contribuição, estão profissões como mineiros no subsolo e operadores de britadeira de rocha subterrânea. Já para o risco médio, com 20 anos de contribuição, incluem-se extratores de fósforo branco e trabalhadores em túneis alagados.
Para atividades de baixo risco, que requerem 25 anos de contribuição, estão listadas profissões como bombeiros, enfermeiros, eletricistas que trabalham com tensão acima de 250 volts, e motoristas de caminhão com carga superior a 4000 toneladas. A lista completa é extensa e abrange diversas áreas de atuação, refletindo a diversidade de profissões que podem expor os trabalhadores a condições insalubres ou perigosas.
Como comprovar o direito à aposentadoria especial?
Para ter direito à aposentadoria especial, o trabalhador deve comprovar que exerceu atividade de risco à saúde. Essa comprovação é feita por meio de documentos emitidos pelo empregador, como o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), e laudos técnicos assinados por médicos ou engenheiros de segurança do trabalho. Esses documentos são essenciais para demonstrar a exposição a agentes nocivos e garantir o acesso ao benefício.
O processo de comprovação pode ser complexo, exigindo atenção aos detalhes e, muitas vezes, o auxílio de profissionais especializados em direito previdenciário para garantir que todos os requisitos sejam atendidos e que o trabalhador possa usufruir de seus direitos previdenciários de forma justa e adequada.