Em 2024, dois filmes baseados nos vilões dos quadrinhos do Homem-Aranha, Kraven e Madame Teia, ganharam destaque devido ao seu desempenho nas bilheterias e críticas recebidas. Ambos os filmes foram produzidos pela Sony, que possuía os direitos exclusivos para adaptações dos vilões do universo do Homem-Aranha, enquanto o herói propriamente dito fazia parte do Universo Cinematográfico Marvel.
Kraven, estrelado por Aaron Taylor-Johnson, teve um custo de produção significativo, estimado em US$ 130 milhões. No entanto, não conseguiu atrair um público amplo, arrecadando apenas US$ 44 milhões mundialmente. Madame Teia, protagonizado por Dakota Johnson, também enfrentou dificuldades, com um orçamento de US$ 80 milhões e retornando US$ 100 milhões em bilheterias.
Por que os Filmes Falharam nas Bilheterias?
A crítica especializada desempenhou um papel significativo na percepção pública destes filmes. Segundo Tony Vinciquerra, CEO dos estúdios Sony, a cobertura negativa da imprensa foi determinante para o fracasso comercial. Ele destacou que a imprensa decidiu tratar esses filmes desfavoravelmente após críticas mistas também enfrentadas por Venom, uma franquia anterior da Sony baseada em vilões.
Vinciquerra argumentou que os filmes não eram inerentemente ruins, mas sim vítimas de um consenso crítico que prejudicou sua aceitação frente ao público. É interessante observar que, apesar das críticas, Venom obteve sucesso comercial, indicando que há um interesse popular por filmes derivados dos vilões de quadrinhos.

O Future dos Filmes de Vilões da Sony está em Risco?
Os resultados decepcionantes de 2024 provocaram rumores de que a Sony poderia reconsiderar futuras produções de filmes focados nos vilões do Homem-Aranha. Após os desempenhos fracos de Kraven e Madame Teia, especula-se que esse universo cinematográfico pode não ter continuidade imediata. A conclusão prematura desses projetos poderia significar uma mudança na estratégia da Sony em relação às adaptações de quadrinhos.
Além de Kraven e Madame Teia, o universo dos vilões inclui também Morbius, lançado em 2022, que não teve um desempenho muito melhor. Todos esses filmes fazem parte de uma tentativa de criar um universo compartilhado, exclusivamente com personagens que estavam fora do alcance direto dos filmes dos Vingadores.
A Crítica Determina o Sucesso de um Filme?
Os casos de Kraven e Madame Teia levantam a questão sobre a influência da crítica especializada nos resultados financeiros de produções cinematográficas. No entanto, o exemplo de Venom demonstra que a resposta do público pode ser diferente, independentemente das críticas, sugerindo que outros fatores, como o apelo dos personagens e a expectativa em torno da produção, podem ter um peso significativo.
Essa situação enfatiza a complexidade do mercado de entretenimento, onde decisões fracas de bilheteria podem impactar não apenas os filmes individualmente, mas toda uma estratégia empresarial em relação a franquias e propriedades intelectuais. A Sony, enfrentando críticas e um desempenho aquém do esperado, pode optar por revisar sua abordagem futura em relação aos seus vilões e ao universo do Homem-Aranha.