A montadora chinesa BYD intensificou, nas últimas semanas, articulações em Brasília para manter incentivos tributários federais em um momento em que o Congresso avança na direção oposta. Nesta semana, o Senado aprovou um projeto que reduz de forma transversal os benefícios fiscais concedidos a empresas, como parte do acordo para reforçar o caixa da União e viabilizar o Orçamento de 2026.

No setor automotivo, a discussão se concentra no regime SKD/CKD, por meio do qual a montadora chinesa importa veículos praticamente prontos, faz a montagem final no país e é enquadrada em uma tributação mais branda.

Concorrentes instaladas no Brasil defendem a retomada integral da tarifa de 35% sobre veículos importados e criticam o SKD/CKD por, segundo elas, gerar baixa agregação de valor local e poucos empregos na indústria.

Mesmo com o avanço do corte de incentivos no Congresso, executivos da BYD seguem defendendo a manutenção desses benefícios como parte da estratégia para viabilizar preços competitivos no mercado brasileiro.

Enquanto isso, a fábrica da empresa em Camaçari (BA) ainda não iniciou oficialmente a produção e voltou a ser alvo de denúncias relacionadas às condições de trabalho no canteiro de obras.

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No início de dezembro, trabalhadores de empresas terceirizadas promoveram uma paralisação em frente ao complexo industrial para protestar contra falta de estrutura sanitária, atrasos salariais e custos elevados de transporte, segundo carta de reivindicações divulgada pelos organizadores do ato.

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