Na pesquisa divulgada pela CNDL, 45% disseram que vão gastar mais na Black Friday deste ano em comparação com a do ano passado
 -  (crédito:  Tulio Santos/EM/D.A.Press)

Na pesquisa divulgada pela CNDL, 45% disseram que vão gastar mais na Black Friday deste ano em comparação com a do ano passado

crédito: Tulio Santos/EM/D.A.Press

Brasília – A edição 2023 da Black Friday, que acontece hoje em todo o país, terá um resultado melhor do que a do ano passado. Pelo menos é o que mostra a pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas. Segundo o levantamento, 87% dos consumidores devem fazer compras na data, um aumento de nove pontos percentuais em comparação a 2022. A principal razão é a oportunidade de comprar algo que já estava precisando a um preço mais baixo (73%), seguida da vontade de antecipar as compras do Natal a preços promocionais (37%) e querer aproveitar as promoções ainda que sem necessidade de comprar (21%).

A pesquisa aponta também um crescimento nos gastos dos consumidores que pretendem comprar este ano: 45% pensam em gastar mais na Black Friday deste ano comparado ao ano passado; 24%, o mesmo valor; e 23%, menos. Entre os motivos para gastar mais se destacam: 44% por considerarem que vale a pena aproveitar a promoção, 40% economizaram ao longo do ano, 34% têm mais produtos para comprar e 27% porque o pagamento é facilitado.

A principal fonte de pesquisa são os canais on-line (92%), principalmente nos sites/aplicativos das lojas em que são clientes (53%) e em sites/aplicativos de comparação de preços/produtos (51%). Do total, 50% também fazem pesquisa offline, com destaque para shopping (29%) e lojas de rua (23%); e 87% pesquisam sobre a reputação das lojas que planejam comprar.

Desejo

Os produtos mais desejados nesta Black Friday são as roupas (46%), calçados (39%), cosméticos e perfumes (27%), eletrodomésticos (27%) e artigos para a casa (21%). A média de gastos será de R$ 1.250, R$ 89 a mais que em 2022. Em média, os consumidores pretendem comprar 3,6 produtos.

O pagamento à vista lidera a preferência dos consumidores (79%). Considerando o ranking geral, 48% pretendem pagar os produtos com Pix, 48% com cartão de crédito parcelado, 28% com cartão de débito e 24% com cartão de crédito à vista.

As lojas on-line serão escolhidas por 85% dos consumidores, com destaque para os sites e aplicativos de varejistas nacionais (50%), os sites e aplicativos internacionais (43%) e sites de lojas de departamento (30%). Já 56% vão optar pelas lojas físicas, sobretudo os shoppings (29%). Entre aqueles que pretendem comprar em sites internacionais, 84% devem optar pela Shopee; 70%, Amazon; e 55%, Shein.

Considerando os que compram em sites brasileiros e chineses, 50% dos consumidores priorizam lojas nacionais, 35% não observam a origem da loja (nacional ou internacional) e 10% priorizam as lojas chinesas. Na escolha do local de compra, 38% dão preferência para lojas que já fizeram compras e ficaram satisfeitos, 36% fazem pesquisa de preços e escolhem o local mais barato e 34% priorizam lojas com frete grátis.

Alerta máximo

Os consumidores que forem às compras hoje devem ficar atentos às promoções do comércio para não levar gato por lebre e não cair em golpes. A Polícia Civil de Minas divulgou um vídeo recentemente mostrando todos os cuidados que devem ser tomados na hora de fechar um negócio, seja no varejo tradicional ou no on-line. No vídeo, a delegada Elyenni Célida, da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, explica que alguns registros mais recorrentes de fraude são as compras em sites e perfis de rede social falsos e a aquisição de produtos falsificados, adquiridos como se fossem originais. Ontem, o Procon-SP divulgou lista de 78 sites que devem ser evitados por consumidores na Black Friday. Entram no ranking as empresas que não responderam às queixas de consumidores mesmo depois de terem sido notificadas pelo órgão de defesa. O número de sites que o Procon recomenda evitar quase dobrou em relação ao ano passado. A lista pode ser conferida neste link: https://sistemas.procon.sp.gov.br/evitesite/list/evitesites.php.