Flávio Venturini diz que aprendeu muito nos bailes onde a banda Os Turbulentos se apresentava há 50 anos -  (crédito:  Marcelo Mendonca/Divulgação)

Flávio Venturini diz que aprendeu muito nos bailes onde a banda Os Turbulentos se apresentava há 50 anos

crédito: Marcelo Mendonca/Divulgação

Fenômeno no fim dos anos 1960, a banda Os Turbulentos animava as noites de BH e interior de Minas até a década de 1980. Para relembrar os 50 anos do grupo, os músicos voltam a se reunir neste sábado (2/12), às 22h, no Automóvel Clube.

 

A formação original reunia o fundador do 14 Bis, Flávio Venturini (teclados e voz), Chiquinho (teclados e voz), Zizza (guitarra e voz), Nilson Santos (baixo) e Orlando Augusto (bateria). Depois entrou o percussionista Ivon Simão. O show contará com Flávio Venturini, que cantará sete sucessos internacionais e seu hit “Linda juventude”.

 

“Logo no começo da minha história com a música, aos 17 anos, fui convidado para participar de uma pequena banda que fazia bailes em BH, a The Shines. Ela foi a minha primeira, mas por um breve período, porque aos 18 fui para o CPOR e, aos 19, ao sair do Exército, entrei para outra que fazia sucesso nas noitadas de BH, chamada Os Turbulentos”, relembra Venturini.

 

Integrantes da banda Os Turbulentos

Zizza, Chiquinho, Orlando Augusto e Nilson Santos decidiram tocar juntos 50 anos depois do fim de Os Turbulentos

Ana Castelo Branco/divulgação
 


O grupo tocava em festas e clubes que “bombavam” na época, como Círculo Militar e a Colônia Italiana, fazendo animados bailes também no interior de Minas.

 


“Foi uma base musical muito importante para mim, pois nesses bailes tocávamos de tudo, inclusive o que mais gostávamos, a música internacional dos Beatles, Creedence, Santana e Stones. Enfim, tudo de bonito que rolava na época.”

 


“Agora farei este show ao lado dos meus queridos amigos liderados pelo guitarrista Ziza, lendário em BH”, avisa Venturini. “Será um reencontro no Automóvel Clube, onde nos apresentamos muito no passado. Como diria um velho poeta do Clube da Esquina, os sonhos realmente não envelhecem.”

 

Banda Os Turbulentos

Os Turbulentos com Flavio Venturini nos teclados

Acervo pessoal
 

 

Fã-clube de carteirinha

 

Orlando Augusto ingressou no grupo em 1968. “A ideia do reencontro partiu do nosso empresário Eustáquio Marra, considerado o sexto Turbulento”, conta ele. “Quando entrei, já estavam o Ivon, Zizza, Nilson e Flávio Venturini. Passados alguns anos, Flávio saiu para seguir carreira solo, indo tocar no Terço e depois 14 Bis. Tínhamos um nome respeitável, pois arrastávamos multidões, lotávamos os espaços e tínhamos até fã-clube de carteirinha.”

 


Orlando foi trabalhar como repórter na Rádio Guarani e teve que deixar o grupo. “Saí dos Turbulentos por volta de 1975, mas a banda ainda continuou com Chiquinho, Nilson, Zizza e outros integrantes. Depois, Nilson saiu também e assim foi até o grupo ser extinto em 1980. Nunca pensamos em voltar, pois cada um acabou seguindo seu caminho. De vez em quando a gente se encontrava, mas não chegava a cogitar um reencontro.”

 


O tecladista Chiquinho diz que o reencontro era um sonho coletivo. “Vínhamos pensando nisso há algum tempo. Dizem que, às vezes, os sonhos viram realidade, e este está virando. Vim para BH em 1969 e aqui encontrei músicos fantásticos como Flávio, Orlando, Zizza, Nilson e Ivon. Viajávamos muito, fazendo shows para todo lado. Isso permaneceu por muito tempo, até que cada um decidiu tomar o seu rumo”, afirma.

 


Ao comentar os ensaios para o show, Chiquinho diz que deu tudo certo já no primeiro encontro. “Foi como nunca tivéssemos parado, algo mágico, pois a primeira música já soou perfeita, como nos velhos tempos. Era como se a banda nunca tivesse parado. Contar com a presença do Flávio é uma honra”, conclui.

 

OS TURBULENTOS

Show neste sábado (2/12), às 22h, no Automóvel Clube de Minas Gerais (Avenida Afonso Pena, 1394, Centro). R$ 30. Informações: (31) 99982-4399.