O Atlético entrou mordido e disposto a acabar com a “farra” do Cruzeiro, que em três jogos no terreiro alvinegro, havia ganhado dois jogos e empatado um. E não deu outra. Fazendo um belíssimo primeiro tempo, onde foi absoluto, meteu 3 a 0 e deixou o time azul perdido, sem condições de reagir. A torcida alvinegra, que lotou o estádio, saiu leve, livre e solta para gritar que em sua casa quem manda é o seu dono. Houve até expectativa da devolução dos 6 a 1, mas o Cruzeiro fez algumas alterações que melhoraram a marcação, além do fato de o Galo não ter mais o mesmo ímpeto da etapa inicial.

 


Meus amigos e minhas amigas, que horário péssimo para um grande clássico do futebol brasileiro entre Atlético e Cruzeiro, num dos países mais violentos do mundo, às 21h de um sábado. A incompetência dos dirigentes, imponentes em seus camarotes, determinava jogo de uma torcida só e apenas os atleticanos poderiam frequentar o estádio. Como escrevi ontem, é mais fácil jogar a sujeira para debaixo do tapete, do que tentar solucionar o problema da violência e deixar que duas torcidas dividam o estádio. Como são amadores e incompetentes os dirigentes de futebol no Brasil. Vaidosos, se acham acima do bem e do mal.

 



 


A torcida alvinegra lotou a arena na esperança de acabar com a série invicta do Cruzeiro. O jogo começou com uma falta em cima da outra, o que é comum no futebol brasileiro. Pouca qualidade e futebol de nível ruim. Somente aos 13 minutos o Galo apresentou seu cartão de visitas. Arana fuzilou e Anderson fez boa defesa. O jogo era de forte marcação, disputado de uma intermediária à outra. A marcação azul era forte, administrando o resultado. Mas, aos 24 minutos, Scarpa fez belo lançamento, Zaracho entrou nas costas da zaga e fez um golaço, de puxeta. Galo 1 a 0. Era a equipe que mais procurava o gol. Somente aos 26 minutos, o time azul chutou em gol. Matheus Pereira fuzilou da entrada da área e Everson defendeu.

 


O Atlético fez um bombardeio na área cruzeirense. Gustavo Scarpa fazia ótimo jogo pela direita e Arana pela esquerda. Aos 34, Scarpa cruzou da direita e a bola sobrou para Arana que rolou para Hulk fuzilar e Paulinho, livre, na pequena área, mandou para o fundo do gol. 2 a 0, premiando a equipe que buscava o gol o tempo todo. O Cruzeiro estava perdido, não tinha uma válvula de escape. Rafa Silva quase diminuiu numa das poucas boas jogadas do perdido Cruzeiro. O time azul torcia para o primeiro tempo acabar e tentar achar uma solução no vestiário. Mas o Galo tinha mais bala na agulha. Scarpa virou o jogo para Arana, livre. Ele chutou de fora da área e Anderson aceitou. 3 a 0, goleada impiedosa!

 

 


No segundo tempo entraram Zé Ivaldo e Barreau no Cruzeiro. O Galo tirou Zaracho e pôs Ígor Gomes. Arana e Scarpa continuaram cruzando bola um para o outro, criando situações de perigo. Mas o Cruzeiro melhorou. Pelo menos tocava mais a bola no campo adversário. Papagaio e Veron entraram. O time azul ia para o tudo ou nada. O problema é que os jogadores azuis se livravam da bola e não cruzavam, procurando alguém bem colocado na área. O ritmo alvinegro caiu, o tempo passou e o resultado do primeiro tempo foi mantido. 3 a 0, goleada alvinegra, e primeira vitória no Brasileirão. Já o Cruzeiro precisa contratar, trazer jogadores de qualidade, se não quiser brigar no Z-4.

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