No dia seguinte à segunda e última apresentação do projeto “Jobim Sinfônico”, quinta-feira (21/12), na Sala Minas Gerais, a caminho do aeroporto de Confins, Mário Adnet não escondia sua emoção. Em depoimento à coluna, o diretor musical do projeto disse que trazer o concerto para a Filarmônica de Minas Gerais foi uma ideia ótima. "Sabíamos que era orquestra de primeira linha, músicos de primeiro time, mas não imaginávamos que fosse tanto. Foi muito emocionante ver a dinâmica acontecendo. O José Soares (regente associado da orquestra) é de uma competência inacreditável", elogiou.

 

• ENCONTRO DE BAMBAS


"Jobim Sinfônico" é um projeto original de autoria de Paulo Jobim (1950-2022) e Mario Adnet, com partituras originais de Tom Jobim e arranjos orquestrais de suas canções. No palco da Sala Minas Gerais, a participação especial de Daniel Jobim, pianista e neto de Tom; as vozes de Zé Ibarra e do Trio Amaranto, o piano e a voz de Rafael Martini. A direção musical foi de Mário Adnet, que também assinou os
arranjos e participou do concerto, com violão e voz. A regência foi do maestro José Soares. A coordenação geral do projeto com a Filarmônica de Minas Gerais é do músico Rafael Alberto, principal percussionista da orquestra.

 



 


• VIVA IBARRA


Na noite de estreia, quarta-feira (20/12), Zé Ibarra comemorou seu aniversário de 27 anos. Em sua página no Instagram, o músico escreveu que aquele era o seu terceiro aniversário seguido fora de casa, "trabalhando em cima dos palcos, o que comprova esse jeito que talvez me defina hoje: à deriva". E, ainda na rede social, continuou dizendo que "a deriva só vira algo bom quando a gente aprende a amar não a terra firme, mas o mar em si. Então agradeço a todas as novas pessoas que atravessaram meu caminho neste ano, acho que nunca fiz tantos amigos novos na vida, foram tantos e tão bons, tão importantes e indispensáveis como os mais antigos. O cais a gente inventa e casa é sensação, hoje consigo dizer e comemorar isso. Que venham mais 27". Completou lembrando que aquela noite subiria ao palco aqui na Sala Minas Gerais para cantar com a Filarmônica a obra Sinfônica de um dos seus maiores mestres, "Tom Jobim, a quem silenciosamente dedico tudo o que faço, e não poderia existir
presente maior".

 

• QUASE TRINTÃO


Ibarra confessou que chegava à beira dos 30, com uma vontade de viver maior do que sempre. "É de se comemorar cada ano que passa quando entendemos que o tempo vai fazendo a gente aprender a viver. Cada ano que passa, o viver fica mais preciso, mais acurado..."

 

• NOITE INESQUECÍVEL


Ainda em depoimento à coluna, Daniel Jobim disse ter ficado muito emocionado com o concerto. "Muito linda a orquestra, maravilhosa", afirmou, elogiando o que considerou como perfeição o som, a acústica da Sala Minas Gerais. O neto de Tom Jobim ficou satisfeito, feliz e honrado com o convite para participar. Ele também elogiou não só a atuação do maestro, mas também a dos convidados.

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