O caso do adolescente brasileiro de 14 anos que matou os pais e o irmão, de apenas 3 anos, chamou atenção pela crueldade da situação e todos os aspectos envolvendo o comportamento dele, sobretudo pelo auxílio da namorada, um ano mais velha, que planejava fazer o mesmo com a família. A ocorrência ganha novo destaque, assim como o também cruel assassinato dos Von Richthofen, após o lançamento dos filmes e séries em streaming sobre esse crime em São Paulo.

 

O delito mais recente teria sido premeditado, após a proibição dos pais do jovem de que se encontrasse com a namorada virtual, residente em Mato Grosso, enquanto eles moravam no estado do Rio de Janeiro. O casal conversava há seis anos, a partir de jogos online. A ação foi inspirada em um videogame de terror, conhecido por ser tão violento, que foi proibido para menores de 18 anos em países como a Austrália. Eles também pesquisaram sobre ocultação de corpos.

 

 

Há muito tempo, os efeitos dos “games” no cotidiano juvenil são discutidos, infelizmente, ainda sem um consenso, de forma que muitos afirmam que a violência dos jogos é prejudicial à saúde mental e, outros, que o mesmo não possui tamanha capacidade para afetar a vida real.

 

A forma como o adolescente foi influenciado pela namorada também origina análises importantes. A jovem o pressionou para tomar uma atitude e provar que era um homem de verdade, dando instruções durante todo o crime. As ações se configuram como chantagem emocional.

 

A verdade é que a adolescência precisa de um adulto para ser regulada e em um mundo tão tecnológico, os pais devem estar cada vez mais atentos aos interesses e comportamentos dos filhos, sem medo de invadirem a privacidade deles, já que o uso da internet por menores de idade é perigoso e o cuidado é uma forma de protegê-los de conteúdos e pessoas impróprias.

 

Ainda é importante os pais entenderem que afeto não significa deixar tudo passar, o não é necessário e, quando não simbolizado na infância, passa a ser visto como um ataque. Educar é frustrar e faz parte da regulação emocional dos adolescentes ainda em desenvolvimento.

 

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Por via das dúvidas, o acompanhamento psicológico também sempre é uma opção, que permite aos mesmos, um ambiente seguro para se expressar e conhecer a si mesmos.

 

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