Há tratamento para o suor excessivo, que é motivo de constrangimento -  (crédito: Clínica do Suor/reprodução)

Há tratamento para o suor excessivo, que é motivo de constrangimento

crédito: Clínica do Suor/reprodução

O calorão que fez na cidade no mês passado transformou todos os belo-horizontinos como saídos de uma chuveirada. Não havia banho que terminasse com o problema – e a maioria das pessoas não sabia qual seria a solução. Mas fora o clima, existem pessoas que sofrem com o suor mesmo no inverno.

Por que se transpira excessivamente? “A transpiração excessiva, ou seja, desproporcional ao que é necessário para regular a temperatura corporal, é conhecida como hiperidrose. Isso é resultado da estimulação excessiva das glândulas sudoríparas”, explica o médico Danilo S. Talarico, professor de dermatologia, tricologia, transplante capilar e medicina estética.

Uma forma de controlar o problema é a toxina botulínica, mas há alternativas que atuam sem paralisar a musculatura e necessitam de apenas uma sessão. Trata-se do Eletroderme XL (RF multilayer). “É uma radiofrequência microagulhada que penetra profundamente (até 7mm) na pele, tratando os tecidos subcutâneos gordurosos, fáscias musculares e ligamentos até as camadas mais superficiais como a epiderme. O grande detalhe são as agulhas facetadas, garantindo infinitamente menos dor comparado a tecnologias antigas no mercado, que necessitam, muitas vezes, de anestesia para suportar o tratamento”, acrescenta o médico.

 

Para controlar a hiperidrose, as microagulhadas que liberam radiofrequência atuam nas glândulas sudoríparas. “A tecnologia de agulhas facetadas, ao contrário da tecnologia antiga em que as agulhas são cônicas, proporcionou infinitamente mais conforto para o paciente. Como esse é o nosso foco, associamos com a sedação gasosa (sedação consciente) e anestésico em creme para tornar tranquila a realização do procedimento”, diz o especialista.

Geralmente, apenas uma sessão é necessária para controlar a produção excessiva de suor. “No entanto, podemos repetir de acordo com a necessidade e a resposta de cada paciente”, afirma. O resultado é percebido em dois meses. “Como são utilizadas altas energias, a região fica sensível entre sete e 15 dias. Recomendo reduzir o esforço, dependendo das atividades laborais de cada um.”

Embora a maioria dos pacientes sofra de hiperidrose idiopática – ou seja, não há causa subjacente conhecida –, o doutor Danilo Talarico considera importante examinar possíveis causas dessa hiperidrose, como aquelas desencadeadas por medicamentos e distúrbios endócrinos ou neurológicos, por exemplo.
“Muitos pacientes podem ficar angustiados com as sequelas psicossociais da hiperidrose, incluindo as manchas de suor nas roupas e o receio de cumprimentar pessoas”, comenta.

Os sintomas tendem a melhorar gradualmente, mas retornam ao longo do tempo. “Portanto, novas sessões podem ser realizadas depois de um ano”, finaliza o médico.