É provável que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central diminua o ritmo de corte da Selic de 0,50 para 0,25 ponto percentual na sua próxima reunião, em 8 de maio -  (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

É provável que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central diminua o ritmo de corte da Selic de 0,50 para 0,25 ponto percentual na sua próxima reunião, em 8 de maio

crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

 

Até pouco tempo atrás, quase todas as projeções feitas pelo mercado financeiro apontavam para uma Selic, a taxa básica de juros da economia, abaixo de dois dígitos no final do ano. Em quatro meses, contudo, o cenário mudou.

 

A disparada do dólar nos últimos dias, o ajuste – para pior – das metas fiscais e a indicação de que as taxas de juros nos Estados Unidos não deverão cair tão cedo mostram, de maneira inequívoca, que o ambiente econômico piorou. Diante isso, é provável que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central diminua o ritmo de corte da Selic de 0,50 para 0,25 ponto percentual na sua próxima reunião,em 8 de maio.

 

 

A alteração de rota frustra a expectativa dos investidores da renda variável, já que a Selic alta torna outras aplicações financeiras mais atrativas. Não vai demorar muito para que os bancos mudem também as suas estimativas para o desempenho do Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, em 2024.

 

Com demissões e redução de preços, crise na Tesla preocupa mercado

 

A situação da montadora americana Tesla pode ser pior do que se imaginava. Há alguns dias, a empresa de Elon Musk anunciou que demitiria 10% de sua força de trabalho. Segundo a agência Bloomberg, porém, Musk pretendia desligar ainda mais pessoas, algo como 20% da equipe. A ideia foi afastada – mas apenas por enquanto. Outro sinal da crise: a Tesla vai reduzir os preços de seus veículos vendidos nos Estados Unidos, Europa e China. Ou seja, em todos os mercados que interessam.

 

Governo promete enviar, enfim, reforma tributária ao Congresso

 

Será que agora vai? O governo promete enviar ainda nesta semana ao Congresso Nacional a proposta de leis complementares que deverão regulamentar a reforma tributária. Já passou da hora. Aprovada no ano passado após décadas de discussão, a reforma deixou em aberto vários pontos que precisam ser definidos, como a alíquota do IVA (Imposto sobre Valor Agregado). Apesar disso, é incerto que o texto tramite ainda em 2024, dadas as turbulências políticas que teimam em não dar trégua.

 

J&F planeja investir R$ 25 bilhões em nova unidade de celulose

 

A intrincada disputa judicial entre a holding brasileira J&F e a holandesa Paper Excellence, controlada pela indonésia Asia Pulp & Paper, não impede que as empresas se movimentem no mercado. Ontem, Wesley Batista, acionista da J&F, anunciou, em evento em São Paulo, que o grupo vai investir R$ 25 bilhões na construção de uma unidade da empresa de celulose Eldorado Brasil em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. De acordo com Batista, o projeto resultará na criação de pelo menos 10 mil empregos.

 

 

“O Brasil está um pouquinho pior do que a média”

Roberto Campos Neto - Presidente do Banco Central, sobre o desempenho das contas públicas do país

 

Rapidinhas

 

O Minas Trend, maior salão de negócios do setor da moda da América Latina, movimentou R$ 27 milhões em três dias de realização do evento. Segundo os organizadores, o valor superou o montante do ano passado, de R$ 25 milhões. Cerca de 6 mil pessoas circularam pela feira em Belo Horizonte, que reuniu 122 marcas e 1,6 mil lojistas.

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O Hospital Albert Einstein inaugurou um centro de inovação em Manaus (AM). Entre outras atribuições, o espaço receberá projetos de inteligência artificial e big data voltados para a medicina, além de investigar os impactos das mudanças climáticas na área de saúde, especialmente em comunidades
remotas e vulneráveis.

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A Taco Bell, rede americana com cardápio inspirado na culinária do México, pretende encerrar 2024 com 30 unidades abertas no Brasil. Dessa forma, o mercado brasileiro caminha para se tornar o segundo mais importante da empresa no mundo, atrás apenas do americano. Para 2024, estão previstos ao menos 20 novos estabelecimentos.

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Em março, a demanda por voos domésticos brasileiros, medida pelo indicador conhecido como RPK, aumentou 5% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados apurados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Por sua vez, a oferta de assentos, classificada pelo índice ASK, subiu 3% na mesma base comparativa.