Jorge Messias criticou proposta de endurecimento das leis penais, apoiadores governadores do Sul e Sudeste, incluindo Zema -  (crédito: José Cruz/Agência Brasil/Gil Leonardi/Imprensa MG)

Jorge Messias criticou proposta de endurecimento das leis penais, apoiadores governadores do Sul e Sudeste, incluindo Zema

crédito: José Cruz/Agência Brasil/Gil Leonardi/Imprensa MG

O ministro-chefe da Advocacia Geral da União (AGU), Jorge Messias, criticou os governadores Romeu Zema (Novo), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Eduardo Leite (PSDB) por apoiarem um "endurecimento" das leis penais.

 

A declaração do ministro foi feita ao respostar um editorial do jornal O Estado de S. Paulo, que criticava os governadores pela proposta de ajustes no Código Penal, Código de Processo Penal e na Lei de Execução Penal como forma de enfrentamento "mais qualificado" ao crime.

 

Contrário ao projeto de aumento do tempo de prisão de criminosos e a criação de novos crimes, o chefe da AGU utilizou-se de uma passagem bíblica para criticar os governadores. 

 

Em suas redes sociais, Messias afirmou que o "populismo penal, à semelhança do que se observou em tempos bíblicos, mata inocentes, mas não reduz a criminalidade". A crítica foi acompanhada dos versículos 42 e 43, do capítulo 23, de Lucas.

 


"“E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.”, Lucas 23: 42;43. Populismo penal, à semelhança do que se observou em tempos bíblicos, mata inocentes, mas não reduz a criminalidade", escreveu o ministro.  


Jorge Messias também citou o mandamento bíblico "Não matarás" e disse que a violência deve ser combatida "por uma política de segurança eficiente, com uma polícia equipada, organizada e valorizada".

 

 

"É preciso também ter capacidade para construir políticas públicas que levem ao povo Esperança na forma de emprego, habitação, saúde e educação. Saúdo o Programa Pé-de-meia, lançado nessa nesta semana pelo presidente Lula. Vamos lembrar que a insegurança pública é irmã da insegurança alimentar. Vamos virar esse jogo unindo, e não dividindo nosso povo", finalizou.