Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o recomendado é que os bebês sejam alimentados com leite materno até os seis meses de idade. Isso porque a amamentação pode proteger contra a mortalidade infantil e diversas doenças. No entanto, muitas mulheres sofrem dificuldades no aleitamento por diversos motivos. Ainda que existam formas de facilitar, isso pode fazer com que muitas mães pensem que estão errando de alguma forma.



De acordo com Vivian Zorzim, professora e coordenadora do curso de Enfermagem do UNASP, os principais desafios são o desconforto, fissuras mamilares, criança com dificuldade de pega e dor. "A falta de informação e de apoio também podem fazer com que a mãe tenha obstáculos", explica. Isso ocorre por inúmeros fatores, como a baixa produção de leite, aspectos emocionais ou psicológicos e questões físicas (cirurgias e patologias mamárias podem impedir a produção).

Para quem passa por essa dificuldade, é fundamentei procurar o apoio de um profissional. "O trabalho de orientação deve se iniciar no pré-natal. É preciso que tenha suporte também durante o parto, garantindo o contato pele a pele na primeira hora de vida do bebê", conta. Hoje em dia, as maternidades costumam ter profissionais treinados para auxiliar no manejo da amamentação.

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É indicado iniciar o processo do aleitamento o mais cedo possível, estimulando o reflexo de busca e pega dentro da primeira hora de vida do bebê, a chamada Golden Hour. "É importante estabelecer a posição correta para que não haja nenhum tipo de lesão no mamilo", adiciona Vivian. Além disso, a mulher deve cuidar de sua alimentação e hidratação, tanto para a saúde da criança quanto para a sua. O ambiente também deve ser favorável e confortável para que a mãe se sinta mais disposta. "O estresse e a tensão afetam a produção de leite, tornando a experiência menos prazerosa", acrescenta.




Paciência e persistência são extremamente necessárias, pois é comum não conseguir amamentar de primeira. "Amamentar é um processo natural, mas requer prática e adaptação", continua Vivian. Uma outra dica é evitar o uso de mamadeiras e chupetas, que poderão causar confusão no bebê e causar desmame precoce. No entanto, caso as dificuldades se mantenham, é importante procurar ajuda especializada de um banco de leite ou de uma consultora de amamentação.

 

Cláudia Drumond, pediatra: 'O leite materno é uma fonte completa de nutrientes e anticorpos, proporcionando tudo o que o bebê precisa para um crescimento saudável nos primeiros meses de vida'

(foto: Arquivo pessoal)

 

Segundo Cláudia Drumond, pediatra da Saúde no Lar, o aleitamento materno é considerado a forma mais natural e saudável de alimentar o recém-nascido. “Ele é uma fonte completa de nutrientes e anticorpos, proporcionando tudo o que o bebê precisa para um crescimento saudável nos primeiros meses de vida, além de conter anticorpos que ajudam a proteger o bebê contra infecções e doenças, fortalecendo seu sistema imunológico.”


São diversos os estudos que mostram que o aleitamento materno está associado a uma menor incidência de doenças respiratórias, alergias, obesidade infantil, diabetes tipo 1 e tipo 2, entre outras condições.





 

“A amamentação é um momento especial de conexão entre a mãe e o bebê, contribuindo para fortalecer o vínculo afetivo entre eles, além de ajudar na recuperação pós-parto e  reduzir o risco de câncer de mama e ovário, bem como promover a perda de peso adicional ganho durante a gravidez.”

 

A pediatra fala, porém, sobre ser essencial criar um ambiente favorável para que as mulheres possam amamentar com tranquilidade, seja no espaço familiar ou em locais públicos ou de trabalho, através de políticas e práticas que apoiem e facilitem o aleitamento materno. 

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