Jornal Estado de Minas

SILVINEI VASQUES

CPMI do 8/1: Ex-diretor da PRF nega ações contra eleitores de Lula


O ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, negou que a corporação tenha atuado no segundo turno das eleições para impedir que eleitores do então candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fossem votar.




 
Em depoimento prestado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga os atos golpistas do 8 de janeiro, Vasques disse, nesta terça-feira (20/6), que estava ansioso para esclarecer os fatos das operações de fiscalização no dia 30 de outubro.

"Depois de oito meses, é a primeira oportunidade de trazer a verdade do período eleitoral e o pós-período eleitoral, sobre a maior injustiça realizada na história da Polícia Rodoviária Federal", disse Vasques ao iniciar o depoimento.
 
O ex-diretor destacou que no dia dos atos golpistas, 8 de janeiro, já estava fora do cargo de diretor-geral da PRF. De acordo com Vasques, ele se aposentou em dezembro de 2022.

Silvinei disse aos membros do colegiado que a região do Nordeste - onde concentra a maioria dos eleitores do presidente Lula (PT) - não foi alvo de fiscalizações excessivas.




 
Ele alega que as regiões que mais foram fiscalizadas foram o Sudeste, Sul e Centro-Oeste, respectivamente, tendo o Norte e o Nordeste ficado empatados na quarta posição. Ao todo, de acordo com o ex-diretor geral da PRF, foram 694 pontos de fiscalização no dia 30 de outubro.  

"Se teve alguém que atuou nessas eleições para que tudo ocorresse bem foi a Polícia Rodoviária Federal", disse o ex-diretor da PRF.
 
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Silvinei Vasques ainda alegou que muitos dos policiais da PRF eram eleitores do presidente Lula. Ele também afirma que não seria possível organizar essas supostas operações sem que houvesse provas. 

"Grande parte dos nossos policiais também eram eleitores do presidente Lula. É um crime impossível. Não ocorreu e não tem como. Como nós falaríamos com 13 mil policiais no Brasil explicando qual era a forma criminosa de operar sem ter uma conversa de WhatsApp ou Telegram? Sem ter uma reunião com esses policiais, um e-mail enviado? Na Polícia Rodoviária Federal ou em qualquer órgão federal, ninguém consegue fazer uma trama dessa sem ser juntado provas. Isso não existe, não existiu, é fantasiosa".