Jornal Estado de Minas

ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

Parlamentares visitam presos do 8 de janeiro e recebem cartinhas


Após a autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Izalci Lucas (PSDB) e a deputada federal Bia Kicis (PL) visitaram os presos dos atos golpistas do 8 de janeiro, na manhã desta segunda-feira (10/4), Complexo Penitenciário da Papuda.



Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o tucano disse que ouviu relatos dos presos e que vários deles são pequenos empresários e caminhoneiros. “Ouvimos várias pessoas que estão presas. Estão desesperados. São pais de família, avós. Todos eles são provedores e não tem recurso”, contou.

A deputada Bia Kicis disse que recebeu várias cartinhas dos presos, com recados e pedidos para contato com as famílias. “Entregaram para a gente várias cartinhas, pedidos, ajuda de contato com a família para dar o recado. A gente ficou muito tocado com isso, muito emocionado. Isso nos mobiliza ainda mais para que a gente trabalhe pela Justiça. Queremos a instalação da CPMI dos atos do dia 8. Queremos que os atos sejam individualizados para que cada um responda pelo que fez e pelo o que não fez”, disse a parlamentar.

Os dois parlamentares aguardam, agora, uma nova decisão para liberar a entrada deles na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia, localizada no Gama. Ao todo, 1.406 pessoas foram presas por participarem dos atos golpistas que resultaram na destruição dos prédios dos Três Poderes. Após centenas de audiências de custódias e medidas cautelares, ainda permanecem em regime fechado 294 pessoas atualmente.





8 de janeiro

Em 8 de janeiro de 2023, extremistas invadiram e depredaram os prédios da Praça dos Três Poderes por não aceitarem a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas. Diante da situação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal para assumir a segurança do DF.

O governador Ibaneis Rocha (MDB) chegou a ser afastado do cargo de chefe do Executivo local por 90 dias, mas reassumiu o cargo em 15 de março. O ex-secretário Anderson Torres acabou demitido no próprio dia 8, e desde 14 de janeiro está preso em um batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).