Em depoimento com mais de 11 horas de duração, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), afirmou que a minuta encontrada na casa dele durante operação de busca e apreensão feita pela Polícia Federal (PF) se tratava de um documento “descartável” e “sem viabilidade jurídica” e que não sabe de quem era a autoria do texto de teor golpista
Torres foi ouvido nesta quinta-feira (2/2), no Batalhão de Aviação Operacional (Bavop) da Polícia Militar, que fica ao lado do 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará, onde o ex-secretário está detido desde 14 de janeiro. Ele é investigado por suposta omissão nos atos terroristas do dia 8 de janeiro, quando ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública. No primeiro depoimento, o ex-ministro de Bolsonaro permaneceu em silêncio.
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Torres disse, ainda, que estava fora do país pois as férias com a família estavam agendadas desde novembro do ano passado. No dia em que ocorreram os atos terroristas, o ex-ministro estava em Miami.