Jornal Estado de Minas

PRESIDÊNCIA DA CMBH

Fuad e Gabriel Azevedo repercutem tumulto na eleição da Câmara de BH


O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), e o vereador Gabriel Azevedo (sem partido) repercutiram a série de tumultos envolvendo parlamentares durante a eleição para a presidência da Câmara Municipal da capital, na manhã desta segunda-feira (12/12). Houve discussão e empurra-empurra na votação.



Candidato apoiado por Fuad, Claudiney Dulim (Avante) foi derrotado por um voto. Ele recebeu o apoio de 20 vereadores, enquanto Azevedo contou com a preferência de 21 parlamentares.

O voto "da discórdia" foi o de Ramon Bibiano. Mesmo sendo correligionário do prefeito no PSD, o vereador decidiu apoiar Gabriel. Aliados de Fuad Noman, como Léo Burguês (União Brasil) e Wanderley Porto (Patriota), afirmaram que o pessedista estava sendo coagido a escolher Azevedo.

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"Cada um tem direito de escolher o seu voto. Ele escolheu o dele. Paciência, que que você vai fazer?! É assim que funciona a vida. A democracia é assim cada um vota com a sua consciência", lamentou Noman, ao ser questionado sobre o que poderia ter motivado a decisão de Bibiano de não seguir o partido.


Já o presidente eleito da Câmara, Gabriel Azevedo, ressaltou que em um primeiro momento terá dificuldade em pacificar a Casa. Ele argumentou também que as atitudes de políticos "magoaram muito alguns parlamentares".



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"Um vereador, em específico, fez o que não se faz. Acusar um grupo de estar coagindo parlamentar quando, na verdade, todos sabemos que se pretendia levar esse parlamentar para o refeitório dos vereadores onde havia uma mala de dinheiro".

Sem citar o nome de Léo Burguês, que bateu boca com vários colegas de Câmara, Gabriel Azevedo destacou que o político "é conhecido pelo teatro" e que "esmurrar a porta, agredir vereador e empurrar é atitude de quem está perdendo e quer virar o jogo".


Na sessão que definiu o novo presidente, Burguês e Gabriel protagonizaram bate-boca. Por causa disso, a atual líder da Câmara de BH, Nely Aquino (Podemos), pediu a intervenção de seguranças. Ela deixará o cargo por ter sido eleita deputada federal.