Jornal Estado de Minas

SUPREMO

Fux sobre conversa com Pacheco: 'Reunião foi proveitosa'

Depois de encontrar com o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, afirmou, nesta quarta-feira (4/5), que a conversa foi baseada na necessidade de um judiciário forte em meio a tensão entre os poderes.





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“Abordamos (com Pacheco) a necessidade de termos um Judiciário forte, independente e responsável para manutenção da paz social e dos direitos fundamentais dos brasileiros. Em suma: a reunião foi deveras proveitosa”, disse Fux, na abertura dos trabalhos de hoje.

Durante a fala, o ministro defendeu a liberdade de imprensa, na qual considerou “fundamental para a história do nosso Brasil”. 

“A imprensa livre é um dos pilares da nossa democracia e em nome do Supremo Tribunal Federal, gostaria de cumprimentar o trabalho desenvolvido por todos os setoristas do STF, jornalistas de todo o Brasil, cinegrafistas, fotógrafos, editores, redatores, todos aqueles que diariamente ajudam na produção e divulgação de notícias e que se prestam a informar a nossa sociedade, propiciando sua autodeterminação, suas escolhas e juízo de valor”, disse.



Com a palavra, Rodrigo Pacheco


Ontem, terça-feira (3/5), Fux esteve com Pacheco. De acordo com o senador, ambos têm a “obrigação de preservar a democracia e garantir que as eleições aconteçam dentro da normalidade”.



“Não podemos permitir que o acirramento eleitoral interfira na boa relação que deve existir entre o Poder Judiciário, o Poder Executivo e o Poder Legislativo”, disse Pacheco ao deixar o encontro. 

Para o senador, os chefes de poderes "têm a obrigação de conversar entre si para deter a escalada de uma crise".



Nova crise entre os poderes


O encontro aconteceu em meio à crise institucional da Corte com o Executivo, intensificada após indulto concedido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).

Os atritos se agravaram após a participação do presidente nos atos do dia 1º de Maio, que tinham, entre as pautas, o fechamento do STF e intervenção militar.