Jornal Estado de Minas

ACOMPANHAMENTO

Autoridades criam comitê para monitorar manifestações em Minas



O Governo de Minas Gerais e a Prefeitura de BH criaram um comitê para fazer um monitoramento das manifestações desta terça (7/9). O grupo se reúne na Cidade Administrativa, sede da administração estadual.



Uma reunião aconteceu na manhã desta terça para discutir estratégias para responder a possíveis ocorrências de destaque durante os atos. O monitoramento acontece em todo o estado.

Há duas manifestações principais, ambas em BH: o Grito dos Excluídos, na Praça Afonso Arinos, contrário a Jair Bolsonaro (sem partido); e um ato a favor do presidente, que partiu do Mineirão em direção à Praça da Liberdade, também no Centro-Sul da capital mineira.

De acordo com o diretor de Operações da Polícia Militar, coronel Flávio Godinho, fazem parte da operação várias instituições.

 

Entre elas estão os ministérios públicos de Minas Gerais e Federal, as polícias Militar, Federal, Civil e Rodoviária Federal, o Exército, a Prefeitura de BH e o Corpo de Bombeiros.



Outras autoridades, como a Defensoria Pública, também fazem parte do monitoramento. "Essa sala de situação estará monitorando todo o estado de Minas Gerais em tempo real. Todo comando das operações será tratado nesta sala”, afirma Godinho.

 

O ato de 7 de setembro


As manifestações do 7 de Setembro foram inflamadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Nos últimos meses, ele vem falando para apoiadores que ganhou as eleições presidenciais de 2018 em primeiro turno.
 
Para o presidente, as eleições foram fraudadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As declarações ampliaram as tensões entre Bolsonaro e o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, também ministro do STF.



Barroso defende que as eleições são justas e que as declarações do presidente não passam de fake news.

Após diversos xingamentos do presidente direcionados a Barroso, ao TSE e também ao STF, o ministro Alexandre de Moraes incluiu Bolsonaro no inquérito das fake news.

A ação implodiu uma verdadeira “guerra” contra o Supremo. Agora, apoiadores do presidente marcham a Brasília para protestar contra a Corte, pedir o voto impresso e auditável, o impeachment de Barroso e Moraes, e caso a Corte não seja extinta, a implantação de um regime militar.     
 

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