Jornal Estado de Minas

CPI DA COVID

Aziz a Bolsonaro: 'Não responda à CPI, mas responda ao povo brasileiro'

Momentos depois de o presidente Jair Bolsonaro dizer que “cagaria” para a CPI da COVID, no Senado Federal, o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão, pediu para que Bolsonaro responda ao povo brasileiro sobre acusações feitas pelo deputado Luís Miranda (DEM-DF) sobre suspeitas de corrupção na aquisição da vacina Covaxin. A cúpula da CPI enviou uma carta para que o chefe do Planalto falasse sobre o assunto, mas ele já disse que não vai responder.





Na carta assinada pelo presidente da CPI, Omar Aziz; pelo vice, Randolfe Rodrigues (Rede-AP); e pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL); os senadores pediram que Bolsonaro respondesse aos questionamentos em caráter de urgência, diante da "gravidade" das imputações feitas a uma "figura central" da administração pública.

No entanto, o presidente da República já avisou que não vai responder e atacou a cúpula da comissão.

“Se ele não quer responder à CPI, vou sugerir ao presidente, um conselho: responda ao povo brasileiro. Não responda à CPI, responda ao povo brasileiro. Aqui eu vou falar em nome de muitos brasileiros. Presidente, o Luis Miranda levou para você uma denúncia e o senhor disse que quem estava por trás disso era seu líder na Câmara, o deputado Ricardo Barros? Só isso. Tudo bem. O senhor pode jogar qualquer dejeto dentro da CPI, mas não faça isso com o povo brasileiro”, disse Aziz, em entrevista à “CNN Brasil”.

Omar Aziz também respondeu ao deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), que disse nesta quinta-feira (8/7) que foi “citado inúmeras vezes na CPI” sem ter tido chance de se defender e que a comissão “não quer esclarecer nada”.



Aziz destacou que os senadores não acusaram Barros, e que o parlamentar tem que cobrar explicações de Bolsonaro.

“Ele não pode inverter as coisas. Ele tem que questionar o presidente: “Bolsonaro, eu sou teu líder. Você disse para aquele deputadozinho que eu era o cara que estava por trás disso?”. Ele tem que perguntar ao Bolsonaro, não é para mim, não é para CPI. Ele tem que pedir explicações ao presidente. Hoje, fazendo um favor ao deputado Ricardo Barros, enviamos uma carta ao presidente para ver se ele confirmava ou não. Não foi nenhum membro da CPI que acusou Ricardo Barros de nada”, concluiu o senador.

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