Jornal Estado de Minas

PLANALTO NA MIRA

Oposição comemora nas redes sociais inquérito da PGR contra Bolsonaro

Após a Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciar nesta sexta-feira (2) que solicitou a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Jair Bolsonaro (sem partido), por suposta prevaricação, as redes sociais foram bombardeadas com a comemoração da oposição e o silêncio de apoiadores do presidente da República.





O inquérito vai apurar dennúncias que envolvem as negociações para compra da vacina Covaxin. Bolsonaro é alvo de notícia-crime, enviada na última segunda-feira (28/6) ao STF por senadores, por prevaricação. 

Os parlamentares apontam que o presidente ignorou alertas, feitos ainda em março, de que haveria corrupção no processo de compra do imunizante, intermediado pela Precisa Medicamentos.

Frases como "o cerco está se fechando", "empurra que ele cai" e "a casa tá caindo" foram usadas por políticos de oposição como as deputadas federais Sâmia Bomfim (Psol-SP) e Talíria Petrone (Psol-RJ), o ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes (PDT-CE) e Ivan Valente (Psol-SP). 

Outros parlamentares assumidamente contra a gestão de Bolsonaro também comemoram a abertura do inquérito. Confira:
 
 

O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, Randolfe Rodrigues (Rede-PE), afirmou que a investigação da Procuradoria é um resultado "claro" do trabalho de apuração feito pelo Senado Federal acerca de possíveis falhas e omissões na atuação do governo federal no combate à pandemia.




 


Do outro lado, a maioria dos políticos aliados do presidente continuam em silêncio. Até mesmo seus filhos, Eduardo, Carlos e Flávio Bolsonaro, usuários ávidos das redes sociais, também ainda não se manifestaram.

A procuradora bolsonarista Thaméa Danelon, que atua no Ministério Público Federal em São Paulo, disse que a abertura do inquérito desrespeita a Constituição Federal. 
 
 

Neste sábado (3/7), movimentos sociais e políticos de oposição farão um ato nacional contra o governo de Jair Bolsonaro. As manifestações estavam agendadas para  23 de julho, mas, diante das suspeitas contra o atual chefe do Executivo nas denúncias de corrupção e propina na compra de vacinas, os organizadores anteciparam o protesto. 
 
 

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