Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Documento do TCU citado por Bolsonaro foi postado às 18h30 de domingo

Logo após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) citar um documento do Tribunal de Contas da União (TCU) que mostrava que metade das mortes por COVID registradas no ano passado, na verdade, tiveram outras causas, o auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva acessou o sistema interno do tribunal e incluiu um documento não oficial com informações distorcidas sobre a "super notificação de casos de COVID-19” no Brasil. O documento foi postado às 18h39 do domingo. 





A informação foi publicada pela revista Crusoé, que teve acesso ao sistema que registra o acesso do auditor e comprova a criação do documento em PDF. 

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O servidor atua na Secretaria de Controle Externo do TCU da Saúde e mora em Jundiaí. 

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Nesta terça-feira (8/6), o presidente Jair Bolsonaro se retratou sobre a informação. “Vou só explicar uma coisa aqui, a questão do equívoco, eu e o TCU, de ontem. O TCU está certo, eu errei quando falei sobre a tabela', disse o presidente em conversa com apoiadores.

A declaração foi feita menos de 24 horas depois de Bolsonaro dizer que o documento “saiu há alguns dias. Logicamente que a imprensa não vai divulgar” e de o Tribunal de Contas rechaçar a informação. “O TCU esclarece que não há informações em relatórios do tribunal que apontem que 'em torno de 50% dos óbitos por Covid no ano passado não foram por Covid', conforme afirmação do presidente” disse a nota divulgada pelo órgão no fim da tarde desta segunda-feira (7/6).




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