Jornal Estado de Minas

PRONUNCIAMENTO

Quatro dias após protestos, Bolsonaro vai à TV enumerar ações de governo

 
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez pronunciamento nesta quarta-feira (2/6), em cadeia nacional de rádio e televisão, para exaltar as ações de seu governo. O discurso ocorre quatro dias após uma série de protestos em todo o país que exigiram o impeachment do chefe do Executivo e criticaram a gestão na pandemia de COVID-19. Durante o discurso, ele foi alvo de panelaços em todas as capitais do país. 




 
Bolsonaro enalteceu o que chamou de recuperação gradual da economia e disse que o governo “tratou os dois problemas do país, o vírus e o desemprego, com a mesma responsabilidade”.

“Destinamos em 2020 R$ 320 bilhões para o Auxílio Emergencial para atender aos mais humildes. Esse montante equivale a mais de 10 anos do Bolsa Família. E mais de R$ 190 bilhões para ajudar estados e municípios. Alguns setores, como bares e restaurantes, turismo, entre outros, em grande parte, foram socorridos pelo nosso governo, por meio do Pronampe”, disse o presidente.
 

 

“Terminamos 2020 com mais empregos formais que em 2019. Somente nos primeiros quatro meses deste ano, o Brasil criou mais de 900 mil empregos. O PIB projetado para 2021 prevê crescimento para a economia superior a 4%. Só no primeiro trimestre deste ano, a economia mostrou seu vigor, estando entre os países do mundo que mais cresceram”, afirmou.





Bolsonaro voltou a fazer um pronunciamento no rádio e na TV depois de quase três meses. O último havia sido em 23 de março, quando defendeu medicamentos sem eficácia científica comprovada para o tratamento da COVID-19

Elogios à vacinação


Além dos protestos, o discurso do presidente ocorre num ambiente de críticas ao governo por meio da CPI da COVID, instalada no Senado para investigar ações e omissões na gestão da pandemia. Um dos alvos é o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello

Em relação aos mais de 467 mil mortos pela doença, Bolsonaro disse lamentar. E elogiou o processo de vacinação no país, que alcançou, com as duas doses, 11% da população.

“Lamentamos todas as mortes. Alcançamos hoje a marca de 100 milhões de vacinados. Todos os brasileiros que desejarem serão vacinados. Ontem, assinamos acordo de transferência de tecnologia para a produção de vacinas, entre a AstraZeneca e a Fiocruz. Com isso, passamos a integrar a elite dos cinco países que mais produzem vacinas contra a COVID-19 no mundo”.

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