Jornal Estado de Minas

APÓS ATRITOS

Embaixada da China se reúne com Maia e Pazuello para tratar sobre vacinas

 

A embaixada da China no Brasil se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM/RJ) e com o ministro da Saúde Eduardo Pazuello nesta quarta (20/01). As partes discutiram sobre a pandemia da COVID-19, principalmente sobre as vacinas contra a doença.





 

O encontro entre o embaixador Yang Wanming e o ministro do governo Jair Bolsonaro ocorreu por videoconferência.

 

“Conversaram sobre a cooperação antiepidêmica e de vacinas entre os dois países. A China continuará unida ao Brasil no combate à pandemia para superar em conjunto os desafios colocados pela pandemia”, escreveu a embaixada chinesa no Twitter.

 

 

 

Uma mensagem semelhante foi atribuída ao encontro com Maia. Porém, essa reunião foi realizada por telefone, em vez do uso do vídeo.

 

"O tema foi a cooperação sino-brasileira, incluindo vacinas contra a COVID-19. A China atribui grande importância à parceria sino-brasileira e vai continuar a promover nossa cooperação e combate conjunto à pandemia", escreveu a embaixada na mesma rede social.





 

 

 

Vacinas 

 

Da parceria entre os países nasceu a CoronaVac, imunizante que começou a ser aplicado principalmente em profissionais de saúde nesta semana no Brasil.

 

A vacina foi produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, e pela farmacêutica Sinovac Biotech, sediada em Pequim.

 

A aproximação entre as partes é vista como fundamental para a produção de novas doses da CoronaVac. Isso porque o componente ativo do imunizante vem do país asiático, que teve desentendimentos com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus filhos durante a pandemia.

 

O atrito fez o governador de São Paulo João Doria (PSDB) criticar o presidente Bolsonaro.

 

“Se o presidente Jair Bolsonaro parar de falar mal da China, e seus filhos pararem de falar mal da China, isso já ajuda bastante. Pois os insumos para a vacina da AstraZeneca são produzidos na China. Os insumos para a vacina do Butantan são produzidos na China", disse em coletiva de imprensa nessa segunda (18/01).





 

Apesar dos apelos e das reuniões desta quarta, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP) criticou a China pelo não envio dos insumos da AstraZeneca/Oxford.

 

"O presidente sempre deixou claro que assim que a Anvisa chancelasse, não haveria problema. O problema é que o governador João Doria não queria que a vacina, que vem da China, mas não é aplicada nos chineses, passasse pela Anvisa. E para piorar ele falava sobre vacinação obrigatória”, disse o filho do presidente", afirmou em vídeo publicado nas redes sociais.

audima