Jornal Estado de Minas

GUERRA IMUNOLÓGICA

Bolsonaro rebate Dória e diz que vacinas não serão para 'fins políticos'

A guerra imunológica contra a COVID-19 entre o governo federal e o governo de São Paulo ganhou mais um capítulo nessa segunda-feira (7/12), quando o chefe do Executivo do estado paulista, João Dória (PSDB), estipulou uma data para o começo da vacinação com a CoronaVac. Nesta terça (8/12), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) rebateu Dória e disse que os imunizantes disponibilizados pelo Brasil não serão usados para “fins políticos”.





Após a declaração de Dória, que estipulou para 25 de janeiro o início da imunização em São Paulo com as doses fabricadas pelo laboratório Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, diversas reações foram geradas. O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, por exemplo, desejou “boa sorte” ao governador de São Paulo e disse que não trabalha com prazos para aprovação da vacina.

Nesta terça, foi a vez de Jair Bolsonaro se manifestar de forma mais contundente. Nessa segunda, Bolsonaro disse que o Brasil ofertaria vacina a todos, de forma gratuita e não obrigatória. Hoje ele repetiu que os brasileiros terão a opção de não serem imunizados, mas completou dizendo que as doses disponibilizadas pelo Ministério da Saúde não serão utilizadas para “fins políticos”.

Não é tão simples assim: os desafios da vacina contra o coronavírus

“O Brasil disponibilizará vacinas de forma gratuita e voluntária após comprovada eficácia e registro na Anvisa. Vamos proteger a população respeitando sua liberdade, e não usá-la para fins políticos, colocando sua saúde em risco por conta de projetos pessoais de poder”, publicou o presidente em uma rede social.





Também nesta terça, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o Brasil já tem garantidos 300 milhões de doses de vacina contra o novo coronavírus. Ele assegurou que o país receberá 100 milhões de doses da vacina de Oxford em janeiro e mais 160 milhões no segundo semestre. Além disso, 42 milhões virão do consórcio da Covax Facility por intermédio da Organização Mundial de Saúde (OMS).

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