Jornal Estado de Minas

REPRESENTIVIDADE

Mulheres negras e indígenas que marcaram a História estão em mostra virtual do Senado

O Comitê Permanente pela Promoção da Igualdade de Gênero e Raça do Senado lançou a exposição virtual "Heroínas Negras e Indígenas do Brasil". Sucesso nas redes sociais, a mostra faz referência ao Dia Internacional da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho, e homenageia a memória das mulheres negras e indígenas que contribuíram para a construção da história brasileira.





A exposição apresenta 27 mulheres, entre elas Dandara dos Palmares, Clara Camarão, Antonia Alves Feitosa, Esperança Garcia, Margarida Maria Alves, Aqualtune, Tereza de Benguela, Eva Maria do Bonsucesso, Agontimé, Zeferina, Maria Crioula e Marielle Franco.
 
De acordo com os organizadores, parte da seleção das personalidades para a exposição foi pautada no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, também conhecido como Livro de Aço, depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
 

Histórias marcantes


A vida de algumas das homenageadas se confunde com a própria história do Brasil. Como Dandara dos Palmares. Mãe de trê filhos, ela lutou pela libertação de negras e negros na época da escravidão, liderando mulheres e homens e salvando milhares de vidas. A ex-escrava era esposa de Zumbi dos Palmares.



Outro bom exemplo é Margarida Maria Alves. Ela esteve à frente de 600 ações trabalhistas e realizou diversas denúncias na época da ditadura militar. Conhecida pela frase "É melhor morrer na luta do que morrer de fome", Margarida fundou o Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural. 
 
A vereadora Marielle Franco é outra personalidade na lista. Negra, mãe e cria da favela da Maré, no Rio, ela era socióloga e foi eleita vereadora no Rio de Janeiro pelo PSOL, com 46.502 votos, mas em 14 de março de 2018 foi brutalmente assassinada. O carro em que estava foi alvejado com 13 tiros, matando também o motorista Anderson Pedro Gomes
 
Depois do assasinato, Marielle se transformou em bandeira da luta das mulheres negras no Brasil.  
 

25 de julho

O Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha é fruto do primeiro encontro organizado por elas na República Dominicana em 1992. 





Já no cenário nacional, é celebrado em 25 de julho o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, instituído pela Lei 12.987/ 2014. Teresa foi líder quilombola do século 18 e tornou-se ícone da resistência e luta antiescravista.

Exposição

Para conferir exposição, basta entrar no Twitter do Senado Federal (@SenadoFederal) ou conferir abaixo a íntegra:

 

*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina