Jornal Estado de Minas

CONTAMINAÇÕES POR BACTÉRIA

Morte de criança em São João del-Rei não foi causada por bactéria

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas (SES-MG) descartou que a causa da morte de uma das três crianças que faleceram em São João del-Rei, no Campo das Vertentes, foi em decorrência de contaminação pela bactéria Streptococcus A, como havia suspeita. O resultado foi divulgado nesta terça-feira (31/10). A vítima faleceu no dia 23 de outubro. A pasta informou que amostras enviadas à Fundação Ezequiel Dias apontaram que não houve crescimento bacteriano do microrganismo, ou seja, a doença não provocou o óbito. Os demais casos ainda estão sendo analisados. 




Desde a última semana, São João del-Rei está sob os holofotes da saúde pública em decorrência da grande quantidade de crianças apresentando sintomas de amigdalite, febre e problemas de pele. Os sintomas chamaram atenção das autoridades estaduais, que passaram a cogitar uma possível infecção pela bactéria streptococcus A. A bactéria, em ocasiões raras, quebra barreiras imunológicas podendo atingir a corrente sanguínea e os pulmões. 

Com o primeiro resultado, o Governo de Minas informou que o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do estado (Cievs-Minas) ainda aguarda os demais exames laboratoriais para conclusão das investigações epidemiológicas. Ainda hoje, equipes do Ministério da Saúde chegaram à cidade para reforçar as apurações. 

A possibilidade da possível infecção, que teria causado a contaminação de outras crianças, se espalhar motivou o fechamento de escolas municipais em, pelo menos, cinco cidades: São João del-Rei, Conceição da Barra de Minas, Santa Cruz de Minas, Ritápolis e Tiradentes. Além de Felício dos Santos, no Vale do Jequitinhonha, que registrou 27 casos de escarlatina, diagnosticados clinicamente, sem realização de exames laboratoriais. 




Nesta segunda-feira (30/10), a Secretaria Municipal de Saúde informou que apenas uma criança permanece internada na Santa Casa do município. O quadro de saúde dela é estável, e há uma boa resposta ao tratamento. Além disso, uma segunda criança está internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Belo Horizonte, na capital. Ambos casos ainda não foram diagnosticados.