Jornal Estado de Minas

ASSASSINATO

Segunda vítima dos tiros na Serra diz que houve violência gratuita

O depoimento da segunda vítima do crime que resultou na morte do motoqueiro Pedro Lucas Fernandes Santana, de 21 anos, joga por terra a primeira hipótese, de que teria ocorrido uma tentativa de assalto. Na verdade, no depoimento do homem que estava na garupa, houve, sim, violência gratuita no incidente no bairro da Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. 





O crime ocorreu na noite de domingo (15/10), no cruzamento das ruas Desembargador Mário Matos e Guaxupé. A vítima que morreu e seu amigo estavam numa festa, um forró, que antecedeu o baile Funk, a principal atração da noite, no Aglomerado da Serra.

Terminado o forró, os dois amigos deixaram o local e foram para a Praça do Cardoso, no mesmo bairro, onde se encontraram com conhecidos e ficaram conversando por algum tempo, até decidirem ir embora.


Deixaram a Praça do Cardoso e seguiram no sentido Centro, até que, ao chegarem na esquina das ruas Desembargador Mário Matos e Guaxupé, foram cercados por duas motocicletas, uma escura e outra vermelha.


Um dos homens desceu de uma das motocicletas e foi até os dois amigos, mandando que descessem da moto. Virou-se para o piloto da moto e disparou: “Por que que você estava olhando pra mim?”.


Em seguida, segundo o garupa, começou a atirar. Este correu, Pedro também tentou correr, mas foi seguido e alcançado pelo atirador, que o acertou, mesmo depois de ter caído na rua.


Foi esse amigo, o garupeiro, quem chamou a Polícia Militar. Um levantamento feito pela PM na moto de Pedro, descobriu que estava legal, em dia. A polícia ainda não prendeu os autores.