Jornal Estado de Minas

SAÚDE PÚBLICA

Minas Gerais confirma sexta morte por febre maculosa

Minas Gerais registrou a sexta morte por febre maculosa. A vítima, de 77 anos, era morador de Divinópolis, no Centro-Oeste do estado. O novo caso foi confirmado nesta segunda-feira (7/8) pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).




O idoso morreu no dia 25 de julho. “Depois de uma intensa investigação feita pela equipe da Semusa, foi concluído com o resultado do exame de biologia molecular detectável, que informa que a doença foi a causa da morte”, informou em nota o órgão.

Os sintomas do paciente começaram no dia 23 de julho. A coleta de exame para febre maculosa ocorreu no dia 25, mesma data da morte.

Dados em Minas

Embora tenha a confirmação da Secretaria de Saúde do município, os dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) ainda não foram atualizados. 

De janeiro até o momento, 18 casos de febre maculosa foram registrados em Minas, segundo a SES/MG. Deles, cinco evoluíram para morte.

Os óbitos confirmados pelo estado são de dois homens, de 28 e 54 anos, moradores de Manhuaçu, na Zona da Mata; de outras duas pessoas de Conselheiro Lafaiete, região Central, sendo uma do sexo feminino e uma do sexo masculino, de 25 e 23 anos, e de um homem de 55 anos de Ipaba, no Vale do Rio Doce.





De 2018 a 2022, foram registrados 190 casos e 62 mortes pela doença em Minas Gerais.

Atuação

Em nota, a SES informou que atua continuamente em todo o território, por meio do monitoramento/vigilância de casos humanos suspeitos e confirmados da doença; vigilância ambiental de áreas de risco; divulgação de notas informativas e materiais orientativos/educativos aos municípios; e na realização de cursos e treinamentos para profissionais de saúde.
 
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Nos municípios em que há ocorrência de febre maculosa, a secretaria também atua realizando investigação epidemiológica e ambiental dos casos.

O que é a febre maculosa?

A Febre Maculosa é uma doença febril aguda, de gravidade variável, que pode cursar com formas leves e atípicas, até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A doença é causada por bactérias do gênero Rickettsia e transmitida pela picada de carrapatos infectados.
 
Em Minas Gerais, os principais vetores e reservatórios da doença são os carrapatos do gênero Amblyomma (Amblyomma sculptum), também conhecidos como carrapato estrela, carrapato de cavalo ou rodoleiro. 
 
Já o agente etiológico mais frequente é a bactéria Rickettsia rickettsii, responsável por produzir os casos mais graves da doença, aqui denominada Febre Maculosa Brasileira (FMB).
 
*Amanda Quintiliano especial para o EM