Jornal Estado de Minas

ALVO DE OPERAÇÃO

Empresa de ônibus nega fraude contra a Previdência Social

Alvo de operação contra fraudes no pagamento da dívida tributária na manhã desta terça-feira (6/6), a empresa de ônibus Saritur negou qualquer fraude contra a Previdência Social ou a Ordem Tributária. 





 

Em nota, a empresa afirmou que não há e nunca houve qualquer fraude contra a previdência e que os pagamentos estão rigorosamente em dia. Confira a nota:

 

Sobre a “Operação Ponto Final”, deflagrada hoje pela Polícia Federal, esclarecemos que não há, nem nunca houve, qualquer fraude contra a Previdência Social ou a Ordem Tributária. Os impostos e contribuições devidos sempre foram fielmente declarados à Receita Federal.

A inadimplência do pagamento - decorrente da crise financeira geral do setor econômico de transporte de passageiros (iniciada em 2013 e agravada pela pandemia de COVID-19) - já teve seu valor apurado e foi transacionado com a Receita Federal. Os pagamentos estão rigorosamente em dia.

Entenda o caso

A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal cumpriram 22 mandados de busca e apreensão durante operação contra fraudes no pagamento da dívida tributária





 

A dívida de impostos e contribuições sociais federais do grupo Saritur para com a União, inscrita em Dívida Ativa ou no âmbito da RFB, é de quase R$ 1 bilhão. A empresa é suspeita de fraudar pagamentos da dívida tributária e blindar o patrimônio de seus proprietários.

 

Apenas em 2023, funcionários da Saritur entraram em greve duas vezes reivindicando por melhores condições de trabalho, além do pagamento em dia do Fundo de Garantia por Tempo de Trabalho (FGTS), do vale-alimentação, das férias, do salário e do adiantamento. 

 

Em 2021, os sócios da empresa, que são da mesma família, também foram investigados por compra de vacinas durante a pandemia. Os irmãos Rômulo e Robson Lessa, donos da Saritur, são suspeitos de organizar a vacinação clandestina na garagem da empresa.