Os petroleiros de Minas Gerais fazem paralisação na manhã desta sexta-feira (24/3) contra a retomada do processo de privatização, encaminhado pela diretoria executiva da Petrobras ao Conselho de Administração (CA) da empresa. O movimento é nacional e foi convocado pela Federação Nacional dos Petroleiros (FUP).
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Guilherme Alves, diretor do sindicato, informou que petroleiros de de todo país estão parados para para protestar contra a privatização da empresa e pedem a saída da atual diretoria executiva da Petrobras.
"A diretoria executiva e o conselho de administração da Petrobras, hoje, ainda são compostos pelos indicados do Governo Bolsonaro e, contra a vontade do Presidente Lula e do Presidente Jean Paul Prates, estão dando sequência as privatizações. Por isso, os petroleiros fazem essa paralização hoje e estão fazendo assembleia em todo o país para aprovar estado de greve contra essa privatizações e pedindo a saída dessa diretoria executiva e desse conselho de administração bolsonarista".
Processo de privatização
Em decisão da diretoria executiva da Petrobras, publicada na última sexta-feira (17/3), a empresa pretende prosseguir com a venda dos projetos que já tiveram pré-contrato assinado: Polo Norte Capixaba, Polos Golfinho e Camarupim (ES), Polos Pescada e Potiguar (RN) e Lubnor (CE).
O documento enviado pela diretoria da empresa ao Conselho aconteceu duas semanas depois de o Ministério de Minas e Energia (MME) pedir à Petrobras a suspensão, por 90 dias, da venda de ativos da petroleira, para análise e reavaliação.
“Com quase três meses de governo Lula, a diretoria e o Conselho de Administração da companhia seguem ocupados por indicados do governo Bolsonaro, que correm contra o tempo para concluir as vendas de ativos. A FUP e seus sindicatos estão acionando o governo para que cumpra o seu papel de acionista controlador da estatal e oriente os indicados da União no CA a votarem pela suspensão das privatizações”, informou o Sindipetro em nota.
Para o Sindipetro-MG, a continuidade da venda de ativos da Petrobrás pela gestão bolsonarista na empresa contraria a vontade do povo nas urnas.
“Os trabalhadores estão mobilizados para defender a Petrobrás e o Brasil”.