Jornal Estado de Minas

MONKEYPOX

Minas investiga mais dois possíveis casos de varíola dos macacos

Dois novos casos suspeitos de varíola dos macacos em Minas estão sob investigação da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG): um em Juiz de Fora e outro em Cataguases, ambos municípios da Zona da Mata.





A Prefeitura de Juiz de Fora ainda não divulgou informações sobre o paciente. Já em Cataguases, a assessoria do Executivo disse que o infectado do sexo masculino tem histórico de viagem a um município com transmissão comunitária. "O mesmo já foi atendido em um serviço de saúde local, encontra-se bem e em isolamento domiciliar", destaca trecho da nota.

Outra suposta infecção pelo vírus monkeypox em Juiz de Fora era investigada em junho, mas a SES-MG descartou, em 4 de julho, após a conclusão de exames laboratoriais.

Varíola dos macacos em Minas


Conforme a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, análises de laboratório feitas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) confirmaram 33 casos de monkeypox até as 14h desta quarta-feira.





Desses, 28 foram notificados em Belo Horizonte em pessoas que estavam no exterior. A capital é a única cidade mineira com transmissão comunitária, segundo a SES-MG.

Os municípios de Governador Valadares e Sete Lagoas também contabilizaram dois casos, além de outro registro em Mariana.

Levantamento feito até as 14h desta quarta-feira (20/7) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais contabiliza 33 casos da varíola dos macacos em Minas (foto: SES-MG)


Segundo a SES-MG, os infectados do sexo masculino, com idades que variam entre 22 e 48 anos, "estão em boas condições clínicas". Há apenas um paciente hospitalizado.

A Secretaria ainda descartou 48 casos, mantém 43 em investigação e considera um como provável.

Sintomas e transmissão

Considerada uma zoonose viral, o vírus monkeypox é transmitido aos seres humanos a partir de animais. De acordo com o Instituto Butantan, a transmissão secundária, de pessoa para pessoa, ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.



Segundo relata a OMS, o contágio entre humanos está ocorrendo entre pessoas em contato físico com casos sintomáticos. 

O Instituto Butantan destaca que os sintomas são muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave.

Logo, os primeiros sinais são febre, dores na cabeça e no corpo e aumento dos linfonodos (conhecidos também como ínguas), calafrios e exaustão. O período de incubação é, geralmente, de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo OMS.

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“Basta um contato próximo com quem tem lesões na pele contendo o vírus ou secreções da pessoa infectada para se infectar. O vírus é bastante resistente, principalmente à dessecação ”, explica a diretora do laboratório de virologia do Butantan, Viviane Botosso.

Ainda conforme a OMS, existem duas linhagens do vírus, com diferentes níveis de gravidade: as infecções humanas com a da África Ocidental parecem causar doenças menos graves em comparação à da Bacia do Congo. 

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